Publicado em : 09/07/2012
Preço dos valores, ou da democracia? Aos eleitores, especialmente aos tripulantes de primeira viagem eleitoral, parece um absurdo ou algo irreal falar em “voto vinculado”; imaginar que em ano eleitoral, mais uma vez vamos escolher em todo pais, prefeitos e vereadores por mais quatro anos. Pelas forças ocultas do Poder, ou pela liberdade de escolha, ou pelo valor, algo em troca, como se repete em história eleitoral a cada novo pleito.
Ao respeito, à liberdade de expressão, algo que seria corrigido com o Estado Democrático de Direito imposto pela nossa Constituição Federal de 1988, apesar de algumas interpretações esdrúxulas que parecem até hoje querer ressuscitar a censura. Contudo, a Democracia tão sonhada aos poucos vai sendo moldada à realidade brasileira e em Maracaju não é diferente.
O interessante é que essa Democracia impera em todas as áreas: quem imaginaria no topo do sucesso estilos musicais tão diversos como funk, axé, pagode, forró, sertanejo e até a música religiosa? é isso mesmo, também podemos dizer que os estilos mais variados chegam na política.
Essa diversidade ainda ocupa a atenção na moda, nos estilos, nos textos. O Brasil avança rumo à diminuição da discriminação, do preconceito racial, sexual e social, sonhando com a sua extinção. Rumamos há um tempo de menos intransigência e mais diálogo, menos preconceito e mais aceitação é o que dizem por ai.
Pois bem vamos ao que nos interessa, vemos os avanços da democracia, mas, nem tanto assim, já que dependendo da torcida, não tem assunto fora briga, sendo melhor a máxima popular de que “futebol, religião e política não se discute”. Pois bem, nesse ano de processo eleitoral e estando na sua reta final, fica impossível não contrariar essa máxima, ao menos no que se refere à política.
Penso eu que na política tem que se opinar e discutir sim estão na hora das pessoas de bem colocarem o dedo na ferida, caso contrario serão quatro anos estagnados,,”ou seja, para tudo terá que dizer amém”.
Eis que é tempo de mais uma eleição no país, e, naturalmente, enxergando nos cargos políticos empregos ou tábua de salvação, surgem figuras hilárias, em uma disputa que envolve ator, pagodeiro, jogador de futebol, boxeador, humorista, apresentador de TV, é uma festa só! E quem não se lembra, dentre essas figuras folclóricas na guerra eleitoral o campeão de audiência é o “Palhaço Tiririca”, a Deputado Federal eleito em São Paulo com um milhão de votos.
Trazendo o fato para Maracaju, com seu estilo peculiar o Partido dos Trabalhadores lança este ano na chapa de vereadores Emiliano Santana, colocando assim ninguém sabe quem é, mas se disser “Bila Pão Seco”, a cidade toda sabe de quem se trata. Nada contra, mas existem diferenças entre, Tiririca e o Bila, entre São Paulo e Maracaju.
Alheio a tudo isso vê que algumas pessoas da nossa cidade não estão preparadas para galgar altos voos porque pregam algo e fazem outro. Sabemos e temos o conhecimento que o Bila tem problemas de saúde problemas sérios, se comparar ao Tiririca a coisa é bem diferente.
Valendo lembrar o palhaço Tiririca é analfabeto entre “” a saúde dele vai bem obrigado. O eleitor de São Paulo se viu como protesto, penso que em Maracaju os pensamentos são diferentes, além do protesto estão querendo usar o cidadão “Bila” para protestar e fazer legenda. Isso é claro.
Isso para mim não é com a Democracia, ao contrário, a sua candidatura é fruto, é o preço da Democracia, já que nesse sistema o poder emana do povo, e a este cabe o poder da escolha. Com efeito, o “deboche” é, na verdade, com o modelo político que vivemos, é com o formato da propaganda eleitoral, é com a falta de credibilidade da classe política.
O fenômeno Tiririca revelou uma drástica e preocupante realidade: a falta de honestidade, transparência e credibilidade da quase totalidade dos atuais parlamentares. E ele tem razão. “Palhaçada“ de verdade é saber que no nosso município é conviver com quem diz que quer fazer política diferente pegando carona em fatos como este. É preciso entrar no processo respeitando as pessoas, o individuo e não pensando em deboche dizendo por ai que seria uma forma de inserir o moço na sociedade, isso para mim tem outro nome, tudo que é feito agora vem em troco no futuro. O preço da democracia, preço dos valores, pode custar caro.
Política não é algo para experimentar, mas para se fazer com consciência, trabalhar para comunidade, quem pensar diferente está na hora de cair fora, administração pública não é experimento, ta na hora de basta a estes pensamentos, Maracaju deve dar exemplo mostrando que sabe o que quer!