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Campo Grande conta com 16 projetos de instalação de novas indústrias


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  • mell280

26/08/2011 10h40

Campo Grande conta com 16 projetos de instalação de novas indústrias

TV Morena


 No processo de desenvolvimento de Campo Grande, um dos setores de destaque é a indústria. Atraídos pelas oportunidades, muitos empresários de outras partes do país resolveram investir na capital de Mato Grosso do Sul. Três polos industriais já foram criados nos últimos anos, e há mais 16 projetos para a implantação de novas empresas.

 

O que no passado era uma pequena marcenaria, atualmente é uma industria que emprega mais de 80 pessoas. A unidade fabrica 400 móveis de escritório por dia. Produção que é vendida para 40 municípios de Mato Grosso do Sul. Juarez foi um dos pioneiros na implantação de indústrias em Campo Grande.

"Não tinha mão-de-obra, energia, não tinha apoio do governo nem da sociedade. O cara preferia comprar em São Paulo do do que comprar aqui", comenta.

O polo industrial Miguel Meteriello é um dos três instalados nos últimos anos na cidade. Juntos, abrigam 60 empresas. A expectativa é que sejam criadas mais 68 empresas nos próximos anos. Apesar do desenvolvimento, a industrialização na cidade faz parte de uma realidade muito recente.

Foi no final da década de 1970 que a pequena cidade do sul de Mato Grosso tornou-se capital do novo estado: Mato Grosso do Sul. No início, os obstáculos para a instalação das industrias eram grandes: faltavam estradas, energia, infraestrutura, mão de obra.

Com tantos problemas, as primeiras empresas só vieram em meados dos anos de 1980. "Havia esmagamento de soja, beneficiamento de trigo, confecções, reelaboração do aço", enumera o historiador Hildebrando Campestrini.

Novas oportunidades
Os anos se passaram, o Brasil cresceu e Mato Grosso do Sul acompanhou o progresso. O aumento da infraestrutura abriu espaço para que investidores de todo o país percebessem as vantagens da região.

Consegui casa, carro, coisas que eu não tinha antes"
Admilson Freres, gerente

No Sul e no Sudeste do país, onde a industrialização começou mais cedo, o mercado alcançou um ponto de saturação. Falta espaço e sobra concorrência. Vantagens que Campo Grande tem de sobra. Além disso, a proximidade com Bolívia e Paraguai e com os portos de Santos e Paranaguá torna a cidade um ponto estratégico.

Uma empresa com matriz no Rio Grande do Sul optou por instalar uma filial em Campo Grande. "Pela localização estratégica, pelos incentivos fiscais e a oferta de mão-de-obra que no sul estava ficando escassa por causa da concorrência", diz a gerente de administração Kátia Fuhr.

Atualmente, a fábrica de itens para construção civil emprega 350 pessoas e atende todo o país, além do Mercosul. Mas para chegar a esse nível, foi preciso vencer o primeiro desafio. Os funcionários costumavam faltar, e por isso foi criado um programa de incentivo. Quanto maior a frequência, maiores os benefícios. "Conseguimos reduzir em 50% nosso absenteísmo. Muito difícil alguém faltar", comenta Kátia.

Ganhos para todos
Admilson Freres da Silva, que há 15 anos trabalha na fábrica, entrou como ajudante e já chegou a gerente. "Fui tendo oportunidade e crescendo, junto com a empresa. Consegui casa, carro, coisas que eu não tinha antes", afirma.

Chance também para os novatos. Há quatro meses, Diego Nogueira conseguiu uma profissão. O gosto pela serralheria deu a ele um posto seguro. "Fiz curso de operador de máquina pneumática. Me adaptei e gostei", diz.

A economista Sandra Amarilha explica que a transformação econômica deve influenciar toda a cadeia produtiva do estado. "Quando chega uma grande empresa, ela traz consigo a necessidade de uma cadeia produtiva para dar sustentação às suas atividades. Daí surgem oportunidades no setor de serviços especializados, transportes, comércio. E essa grande empresa, quando se inserem na comunidade, um novo dinheiro passa a circular e gera um dinamismo. Toda a economia ganha", afirma.

Já é possível perceber como a chegada dos investimentos muda o perfil do mercado pra quem é da terra. Mas também atrai muita gente interessada em crescer. Forasteiros que adotam a cidade e o projeto de expansão. Um deles é Joe Schmitz. Há seis anos ele saiu do Rio Grande do Sul para buscar em emprego em Campo Grande. Conseguiu, fez faculdade com bolsa de estudo e hoje é um engenheiro de produção. "Pretendo assumir novas oportunidades e crescer cada vez mais, com a empresa e também com o estado", diz.





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