Os moradores se dizem revoltados com a abordagem dos policiais durante os procedimentos para preservar a área do acidente. Os PMs teriam feito disparos com balas de borracha para conter a multidão exaltada.
A costureira Aparecida Bragante Peixoto declara que os policiais não tiveram paciência. "Eles foram empurrando, batendo, não queriam saber quem estava no rolo, foram batendo em todo mundo."
Os três ocupantes do carro deveriam ser submetidos ao teste do bafômetro. Depois da confusão, pelo menos cinco pessoas foram detidas por desacato, resistência ao trabalho da polícia e alteração do local do acidente. O capitão da PM, Célio Ramos Barbosa, disse que os policiais agiram dentro dos padrões de segurança.
"O policial militar se sentiu acuado diante da multidão que cresceu rapidamente em torno do local do acidente, inclusive o local não foi preservado totalmente, em razão das pessoas terem invadido. A PM teve que usar de munição não letal para poder persuadir e dissolver o princípio de tumulto", afirma o capitão da Polícia Militar. Ainda segundo ele, os policiais foram agredidos.
"Alguns dos que agrediram os policiais correram e só foram capturados quando da chegada do reforço", disse Barbosa.
Os moradores esperam que as imagens das câmeras de segurança de um supermercado revelem detalhes da confusão. Ainda não se sabe se o equipamento estava funcionando.
As pessoas detidas foram levadas para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do centro.