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‘O governo brasileiro está preocupado’, diz Celso Amorim sobre ataque do Irã contra Israel


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14/04/2024 06h01

‘O governo brasileiro está preocupado’, diz Celso Amorim sobre ataque do Irã contra Israel

Em nota oficial, Itamaraty afirma que o "Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada"

Por G1


 Após o início do ataque do Irã contra Israel neste sábado, com o lançamento de dezenas de drones e mísseis, o assessor para assuntos internacionais do Palácio do Planalto, Celso Amorim, avalia que a situação é “extremamente preocupante”. A ação do Irã é uma retaliação ao bombardeio do consulado do país na Síria no último dia 1º, que causou, entre outras, a morte do comandante da Guarda Revolucionária do Irã. No mesmo dia, o Irã informou que iria revidar. 

O presidente conversou neste sábado com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e está monitorando a situação.

Em nota oficial divulgada na noite deste sábado, o Itamaraty afirma que " o governo brasileiro acompanha, com grave preocupação, relatos de envio de drones e mísseis do Irã em direção a Israel, deixando em alerta países vizinhos como Jordânia e Síria. Desde o início do conflito em curso na Faixa de Gaza, o Governo brasileiro vem alertando sobre o potencial destrutivo do alastramento das hostilidades à Cisjordânia e para outros países, como Líbano, Síria, Iêmen e, agora, o Irã".

No mesmo texto, o Brasil "apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada. O Governo brasileiro recomenda que não sejam realizadas viagens não essenciais à região e que os nacionais que já estejam naqueles países sigam as orientações divulgadas nos sítios eletrônicos e mídias sociais das embaixadas brasileiras".

A relação do Brasil com Israel está abalada após falas de Lula, que comparou a morte de palestinos na Faixa de Gaza ao genocídio de judeus. Em seguida, o governo de Israel, que é mais próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), informou considerar o presidente Lula persona non grata e a crise diplomática escalou.

Amorim afirma que diante disso, os governos não têm se falado.

– O nosso embaixador foi chamado para consultas pela maneira rude como foi tratado pelo ministro das Relações Exteriores [Israel Katz]. Nossas comunicações com Israel hoje em dia são precárias. O ministro das Relações Exteriores [de Israel] fez um ataque violento ao Presidente da República o chamando de mentiroso. Nós não temos contato com o governo de Israel no momento. Com o Irã, tampouco – explicou.

Nesta semana, em meio à briga do bilionário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), com o Supremo Tribunal Federal (STF), Katz replicou uma publicação de Musk e escreveu: "Se alguém deveria ser bloqueado ou censurado no X deveria ser você, Lula. Você tem o hábito de censurar e distorcer a verdade, então não é surpresa que esteja tentando censurar os outros".

Amorim, que tem ampla experiência e já foi ministro das Relações Exteriores, avalia que uma ação emergencial a ser tomada no momento seria a convocação de uma reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para discutir o ataque e os desdobramentos. O assessor avalia que existe um risco de que o conflito se espalhe.

-- Nos preocupa o envolvimento de outras forças que apoiam os dois países. Não quero fazer previsões catastróficas, porque não se ganha nada com isso. Mas os aliados do Irã e o grande aliado de Israel podem entrar num conflito maior -- pontuou. O governo dos Estados Unidos, aliado de Israel, já se pronunciou reforçando apoio "inabalável" ao país.

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