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Candidatura de Márcia à reeleição tem resistência até no PMDB de Três Lagoas


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28/06/2011 13h30

Candidatura de Márcia à reeleição tem resistência até no PMDB de Três Lagoas

Érika Moreira, de Três Lagoas


 A sucessão municipal já agita os bastidores políticos de Três Lagoas, a 332 quilômetros de Campo Grande. Enquanto algumas candidaturas já se consolidam, como a do vereador Ângelo Guerreiro (PDT), outros partidos devem ter disputa interna acirrada.

É o caso do PMDB, partido da atual prefeita, Márcia Moura, que assumiu a prefeitura após a prefeita eleita, Simone Tebet (PMDB), deixar o cargo para ser vice-governadora. Mesmo entre os peemedebistas há resistência à tentativa de reeleição de Márcia.

O vereador Jorge Martinho (PMDB) diz que a candidatura da atual prefeita para reassumir o cargo deve ser estudada com cautela, porque os votos da eleição passada foram destinados à Simone. "Ela não teve voto para estar aonde está. Acho muito difícil uma candidatura dentro dessa realidade", analisa.

Segundo o peemedebista, o desempenho da prefeita também prejudica os projetos de reeleição. "A Márcia perdeu a oportunidade de mostrar o seu trabalho, de se impor. Acredito que ela tem todas as condições de fazer uma boa gestão, mas uma prefeita não pode ser apenas “copiloto” na Prefeitura de Três Lagoas”, afirmou.

Martinho se refere à intervenção exagerada que acha existir da atual vice-governadora Simone sobre a ex-vice-prefeita.

O presidente do diretório do PMDB, José Paulo Rimoli, acha muito cedo para decidir quem irá disputar as eleições pelo partido, mas admite que o nome de Márcia não está confirmado. “Fica muito difícil apontar um nome agora. Não posso dizer se será a Márcia. Na linha natural é ela, mas em seis meses tudo pode mudar”, explicou.

Outros partidos

Enquanto a indefinição continua no PMDB, outros partidos tentam adiantar o processo. Um dos políticos que já se declara pré-candidato, Ângelo Guerreiro (PDT), é disputado entre um partido da base aliada ao governo e a sua atual sigla partidária. Também há membro do PMDB afirmando que o partido deveria apoiá-lo.

Segundo a presidente do diretório do PSDB, em Três Lagoas, Fátima Montanha, o convite já foi feito para que Ângelo Guerreiro dispute a Prefeitura do Município pelo PSDB.

 

“Apesar de ser muito cedo, o PSDB vem buscando se estruturar, viabilizar uma candidatura própria. Convidamos o Ângelo Guerreiro para ingressar no PSDB, mas não há nada definido. Com a reforma política, estamos avaliando todas as possibilidades, mesmo diante do fato de que sempre caminhamos ao lado do PMDB”, afirmou.

O pedetista, que também é presidente do PDT na Cidade, revela que o convite partiu do próprio Reinaldo Azambuja (PSDB), mas até o momento a idéia é permanecer no PDT e disputar a prefeitura pela sigla.

"O projeto para disputar a Prefeitura de Três Lagoas, por enquanto, é pelo PDT. Entretanto, algumas alterações podem ser feitas até setembro. Temos buscado fazer os elos de costura normais na política, mas estamos tomando cuidado, pois o sucesso, de uma negociação sobre coligações e apoios, depende do sigilo. Dessa forma, prevenimos a interferência negativa de outros partidos”, explicou.

O vereador Jorge Martinho (PMDB) chegou a cogitar que o partido da atual prefeita deveria apoiar Guerreiro nas próximas eleições. “Na eleição de Simone Tebet (PMDB), o PDT era um de nossos aliados. Acredito que o partido deveria avaliar essa possibilidade. Afinal, porque não conceder a oportunidade para quem nos apoiou anteriormente?”.

Já o PSL e o PRP pretendem lançar candidatura própria nas próximas eleições. Os presidentes dos diretórios municipais são os nomes mais cotados para a disputa.

 

No PSL, Salus Nunes da Silva, diretor executivo do Sindicato dos Empregados de Papel e Celulose, espera que o grande contingente de pessoas vindas de outros municípios para trabalharem nas empresas deste ramo, em Três Lagoas, se converta em votos.

 

“Temos contato direto com muita gente que veio de fora, mas agora vota no Município. Membros de uma igreja evangélica também sinalizaram o apoio. Dessa forma, esperamos que nossa candidatura já nasça forte”.

 

O PRP se diz fortalecido para disputar a cadeira do executivo na Cidade. “Nós estamos em condições para lançar candidatura própria. Já fui candidato nas últimas eleições, mas agora nosso partido se fortaleceu. É possível que eu saia novamente no ano que vem”, informou Luis Antonio Silva Martins (Tidico), presidente do diretório do PRP, em Três Lagoas.

Indefinidos

 

Entre as demais siglas partidárias, Luiz Akira, presidente do diretório do DEM, no município, afirmou que nada está definido. “A idéia é fortalecer o partido através de uma candidatura própria, mas ainda não analisamos os possíveis nomes que poderiam disputar o executivo, nem aqueles que pleitearão vagas no legislativo. Contudo, não descartamos a hipótese de coligarmos em outras legendas. Tudo depende dos acordos que serão efetuados até setembro”.

 

No PT, há três nomes com possibilidades, porém também não há descarte de um possível apoio a candidato de outro partido. “Temos o Marco Lúcio Trajano dos Santos, a professora Iara Neves e o Gilmar Tosta como opções. Assim como poderemos apoiar candidato de outro partido, desde que seu plano de governo contenha ações às quais o PT considera como fundamentais para uma boa administração, principalmente nos setores da saúde e da educação”, explicou Nivaldo Gonçalves dos Reis, presidente do diretório Municipal.

Possíveis coligados

 

Tanto o PP quanto o PPS alegam não ter a intenção de lançar candidatura própria para o executivo de Três Lagoas.

 

Amilton Aparecido da Silva, presidente do diretório do PP, disse que o partido cogita uma coligação. “Nós iremos apoiar alguém. A Regional do PP, no Estado, ainda não entrou em contato sobre esse assunto. Porém já posso adiantar, no meu caso, que não farei oposição à atual Prefeita”.

 

De acordo com o presidente do PPS, na Cidade, Milton Gomes Silveira, a decisão final será do colegiado. “Hoje não temos nenhum nome em análise. Só se aparecer alguém até setembro. O colegiado irá, em momento oportuno, se reunir para deliberar sobre o assunto”.

 

O PR e o PRB sinalizaram que nada está definido, mas tendem a ingressar em coligações com outros partidos.

Os demais cinco partidos – PHS, PMN, PSC, PSOL e PV, com cadastro ativo no Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MS), com diretórios em Três Lagoas, mas ainda sem representação eletiva, não foram localizados pela reportagem para falar sobre os planos para 2012.





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