A qualidade de crédito do setor produtivo ficou estável no segundo trimestre de 2011, no patamar de 95,7, cenário que se repete desde o último trimestre de 2010, aponta nesta quinta-feira (21) a Serasa Experian.

O indicador da qualidade de crédito das empresas faz a avaliação numa escala de 0 a 100, quanto maior, melhor a qualidade de crédito e, portanto, menor é a probabilidade de inadimplência.

“Os efeitos favoráveis do crescimento econômico sobre o risco de crédito das empresas vêm sendo neutralizado pelas elevações da taxa Selic, as quais atingiram de maneira adversa o custo de financiamento das empresas”, avaliam os economistas da Serasa.

Porte
O indicador das grandes empresas registrou leve aumento de 98,3 no primeiro trimestre deste ano para 98,4. Nas médias, o indicador ficou estável em 98,4 e, nas micro e pequenas empresas, em 95,6, o maior nível de toda a série histórica, iniciada em 2007.

“A continuação do direcionamento da atividade das micro e pequenas empresas ao mercado doméstico, em expansão, e a baixa dependência ao cenário internacional, ainda bastante volátil em boa parte do ano passado, estão entre os fatores que justificam a manutenção na qualidade de crédito das micro e pequenas empresas ao longo destes últimos trimestres”, avalia a Serasa, em nota.

Setor
A qualidade de crédito das empresas melhorou apenas no setor industrial: o indicador cresceu 0,1%, atingindo o patamar de 94,6. Nos setores do comércio e de serviços os indicadores de qualidade de crédito mantiveram-se estáveis em 94,9 e 96,3, respectivamente.

Região
Com exceção do Norte e do Centro Oeste, onde o aumento percebido na qualidade de crédito das empresas foi de 0,1%, as demais regiões brasileiras mantiveram estável a qualidade de crédito de suas empresas.