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Crise na bovinocultura faz aumentar abate de fêmeas em Mato Grosso


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  • mell280

28/07/2011 09h00

Crise na bovinocultura faz aumentar abate de fêmeas em Mato Grosso

Vivian Lessa Do G1 MT


Febre_Aftosa (Foto: Divulgação / Secretaria de Comunicação)

No semestre, abate de matrizes teve crescimento em
MT. (Foto: Divulgação / Secretaria de Comunicação)

Já começam a aparecer os primeiros prejuízos na bovinocultura mato-grossense provocados pela morte das pastagens. A falta de renovação das áreas aumentou consideravelmente o abate de fêmeas na região. Isso indica que não há muitos animais disponíveis para a venda, o que vem obrigando o produtor a comercializar as matrizes. Dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) apontam que o abate de fêmeas aumentou 65% em um ano.

Em junho deste ano foram abatidas 199.019 fêmeas, enquanto que em 2010 chegou a 120.455 animais. No semestre, o abate de fêmeas também teve crescimento, de 824.462 para 1,140 milhão neste ano. Esses números influenciaram o abate total de animais, que teve aumento de 2% no semestre, de 2,252 milhões para 2,299 milhões de cabeças. No mês, o acréscimo foi de 3%. Em junho deste ano foram abatidos 381.863 animais, ante a 372.206 no ano passado.

O superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, confirma que o aumento no abate de fêmeas é em decorrência da morte das pastagens. “A seca e as pragas influenciaram essa condição”. Uma pesquisa feita pelo Imea apontou que 57% dos entrevistados disseram ter problemas nas pastagens. A área degradada no estado, de 2,231 milhões de hectares, representou 8,6% da pastagem total mato-grossense, de 25,8 milhões de hectares.

Conforme Vacari, os prejuízos podem ser maiores se persistir o aumento no abate de fêmeas até o final deste ano. “Nos próximos três ou quatro anos o rebanho pode diminuir”, avaliou. Outro problema é a redução da oferta de carne no varejo que, consequentemente, aumenta o valor cobrado do consumidor. O superintendente da Acrimat destaca que o aumento dos preços nas gôndolas de supermercados costuma ser bem maior que aqueles praticados no campo.





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