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Projeto de fechamento da Praça Ary Coelho divide opiniões e preocupa ambulantes


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  • mell280

28/07/2011 14h00

Projeto de fechamento da Praça Ary Coelho divide opiniões e preocupa ambulantes

Evelin Araujo


 A decisão de cercar a principal praça pública de Campo Grande divide opiniões. Segundo o projeto da prefeitura, grades devem separar a praça Ary Coelho da correria no centro da capital. Restarão cinco entradas no fim das obras de revitalização, que começam já em agosto.

Outra novidade será o horário de funcionamento para a praça, que passa a fechar todos os dias às 22h. As mudanças são uma tentativa de diminuir os problemas que o local enfrenta atualmente, como vandalismo, insegurança no período noturno e sujeira.

Os banheiros serão reformados e o tradicional coreto, que já foi e voltou ao longo da história da Praça Ary Coelho, volta novamente na parte de cima dos novos sanitários.

Ambulante da praça, Antônio Eli, de 58 anos, está preocupado em como manter a sua família durante as obras. “Não sei para onde vou durante o tempo da reforma. Acho legal o projeto, mas fico apreensivo porque vivo daqui. E tem mais: e depois da obra, a gente vai poder trabalhar?”, preocupa-se o ambulante.

“Seria bom se mantivessem os ambulantes. Até se a gente pagasse mensalmente para trabalhar aqui, eu acharia justo”, pondera.

Para o administrador pecuarista Carlos Nery, cercar a praça é um absurdo. “É uma praça central, vai isolar a população do lado de fora das grades. Aqui funciona como um corredor, nem se colocassem seis portões adiantaria. É um ponto de encontro e de passagem. Não é a mesma coisa que o Belmar Fidalgo, que tem tradição e espaço para ser fechada”, reclama.

Jogador de xadrez, Ugo Cardoso, de 72 anos, vai todos os dias ao local jogar por duas horas e considera o projeto “decente”. “Quando dá 17h eu já vou embora. Não tem condições de ficar. Tem uns moradores de rua que ficam pedindo dinheiro e, se a gente não dá eles ainda ameaçam. Cercando a praça a gente vai se sentir mais seguro”, explica.

“Essa obra pode demorar o tempo que for, a gente já combinou que vai jogar em um bar, quando terminar a gente volta pro ar livre”, brinca o frequentador.

Em relação aos ambulantes, a assessoria de comunicação da prefeitura informou que a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) ainda não sabe se os ambulantes vão continuar vendendo na praça após a revitalização. Para isso, será feito um estudo sobre a situação dos trabahadores.

Obra

A empresa Loma Engenhariam escolhida por licitação para realizar as obras, que custarão R$ 1 milhão aos cofres municipais, deverá começar os trabalhos em agosto, se as concorrentes não entrarem com recurso no processo de licitação, que poderá ser feito em até trinta dias, desde a última segunda-feira (25).

Alexandre Lewergger/Divulgação
 

O projeto foi idealizado pelo arquiteto Paulo Hernandes e a previsão de conclusão ainda é incerta. "Deve terminar entre o fim do ano e o início de 2012", informa a Prefeitura.

 





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