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Grupo de bancários protesta contra sucateamento de banco estatal


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  • mell280

12/01/2018 11h34

Grupo de bancários protesta contra sucateamento de banco estatal

Anahi Zurutuza e Bruna Kaspary


 Um grupo de integrantes do Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região, foi para a frente da agência da Caixa Econômica da Barão do Rio Branco para protestar contra o sucateamento do banco estatal.

Nesta sexta-feira (12), a Caixa Econômica Federal completa 157 anos de fundação e sindicatos de todo o país estão mobilizando manifestações do chamado dia nacional de luta por melhor condições de trabalho.

As duas maiores preocupações dos sindicalistas é com o enxugamento do quadro de funcionário e a possibilidade privatização do banco.

No ano passado, segundo levantamento do sindicato, 30 funcionários da Caixa aderiram a um dos três planos de demissão voluntária lançados pelo banco e as vagas não foram repostas. “O banco já perderia se fosse somente a troca de pessoas. Pior ainda é sem essa substituição”, afirma Jadir Garcia, secretário de esporte e lazer da entidade que representa os bancários.

Segundo pesquisa da Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), entre janeiro e novembro de 2017, o banco foi responsável pelo fechamento de 6.878 postos de trabalho.

O objetivo da ação na Capital é conscientizar a população sobre os prejuízos. “A população acha que a Caixa é um banco comercial, mas nós trabalhamos com programas sociais”, explica Edivaldo Barros, o presidente do sindicato.

Ele revela ainda que servidores temem a privatização do banco. “Em dezembro do ano passado, numa reunião do conselho de administração, este debate chegou a entrar em pauta”.

Jadir esclarece que os integrantes do conselho discutiram a transformação da estatal em uma sociedade anônima. “Disso para privatização é um pulo”, opinou.

Ainda conforme o sindicato, a Caixa é responsável por cerca de 70% dos financiamentos habitacionais no país e também assume a execução de programas do governo, como Minha Casa, Minha Vida, Fies e Bolsa Família.