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Reitor anuncia suspensão de novas turmas no curso de Educação no Campo e estudantes e professores fecham portão da UFMS


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20/04/2018 13h41

Reitor anuncia suspensão de novas turmas no curso de Educação no Campo e estudantes e professores fecham portão da UFMS

Eber Benjamim – Jornalista


 

Com a divulgação do calendário do vestibular 2018 da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) os estudantes e professores do curso Educação no Campo foram surpreendidos com a não inclusão do curso, que se encontra na segunda turma. A reitoria alega falta de recursos.

Indignados com a não abertura do vestibular, o que consideram uma irresponsabilidade da universidade, alunos e professores realizaram na manhã desta sexta (20) um protesto na entrada da reitoria, fechando o portão de acesso, com apoio de movimentos sociais e sindicatos ligados ao campo.

Reitor chama PM – Após o fechamento do acesso, a reitoria pediu apoio da Polícia Militar e Guarda Municipal, ocasionando um princípio de tumulto com os manifestantes que alegam que esses órgãos não podem atuar na UFMS que é federal e portanto de jurisdição da Polícia Federal.

Por fim o reitor Marcelo Turine concordou em receber uma comissão e o portão foi liberado, mas os manifestantes continuam no local aguardando o desdobramento da conversa com o reitor.

De acordo com a estudante Marina Ricardo Nunes, que tem um lote com a família num assentamento e estudante do curso, a medida do reitor foi arbitraria e sem nenhuma negociação com estudantes e professores. Ela alega que os filhos de assentados da reforma agrária serão afetados, perdendo vagas num curso importante para a reforma agrária pois forma professores que atuarão no campo. “Queremos reabertura do vestibular, essa é nossa única reivindicação”, diz.

Para a sindicalista Elaine Regina Oliveira, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), a medida é mais um retrocesso do governo Temer. “A nossa central engloba também sindicatos de trabalhadores rurais e muitos jovens que vivem em assentamentos de Mato Grosso do Sul serão prejudicados. Trata-se de um curso específico, voltado para eles e o anúncio do fim do vestibular para novos ingressos foi decepcionante. Vemos apenas retrocessos atrás de retrocessos: nas leis trabalhistas, na reforma agrária, na educação, na desnacionalização da economia com o repasse de estatais importantíssimas como a Petrobrás e Embraer para o controle do capital internacional. Para o jovem assentado o fechamento de cursos. O governo Temer está sendo um desastre para a nação”, afirma.

 

 

 

 

 

 





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