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Para limpar barra com eleitor, senadora do PSL diz que entrevista é 'fake news'


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  • mell280

10/10/2018 06h37 - Atualizado em 10/10/2018 06h41

Para limpar barra com eleitor, senadora do PSL diz que entrevista é 'fake news'

Leonardo Rocha e Marta Ferreira


Eleita no domingo para o cargo de senadora de Mato Grosso do Sul, a advogada Soraya Thronicke (PSL) tem dito nas redes sociais que reportagem publicada pelo Campo Grande News é na verdade "fake news". Em seu perfil no Facebook, uma publicação traz o "carimbo" em print da matéria publicada no dia 7 de outubro com o título “Eleita pela 1° vez, nova senadora de MS nega efeito Bolsonaro”.

A alegação de que a notícia é falsa surgiu depois que eleitores cobraram reconhecimento do peso do apoio de Jair Bolsonaro em sua vitória. Nas redes sociais dela, muitos passaram a comentar nas publicações que só votaram em Soraya por ser candidata do presidenciável do PSL. 

 

Pela verdade ao leitor, o Campo Grande News esclarece que a matéria é real, fiel ao que a senadora eleita declarou em entrevista, ao vivo, também a vários veículos de imprensa, na sede do TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul). Após saber da vitória, ela afirmou claramente não ter sido eleita como "caroneira" de Bolsonaro.

 

Depois de espalhar a informação de "fake news" para justificar a declaração, hoje ela recuou, argumentando ter sido “mal interpretada” pelos eleitores. 

Em entrevista nesta terça-feira ao Campo Grande News,  Soraya disse que recebeu uma “avalanche de reclamações”, por isso queria esclarecer a situação. “As pessoas entenderam que eu não atribuía a vitória ao (Jair) Bolsonaro, pelo contrário, fui muito ajudada por ele, tendo seu apoio, o que quis dizer é que não sou simplesmente um 'efeito Bolsonaro', também houve fruto do meu trabalho, mas que minha vitória está sim alinhada a ele”.

Soraya disse que antes de responder à reportagem, na sede do TRE-MS, tinha sido questionada por outro veículo sobre ter “pegado carona” com Bolsonaro, por isto teve aquela reação. “Na verdade eu estava dizendo que não era 'caroneira', no sentido de se aproveitar do Bolsonaro, mas que estava há muito tempo lutando contra corrupção, alinhada com ele, de forma genuína, sem ser aproveitadora”.

Sobre o termo “fake news” na matéria do jornal, nas redes sociais, a senadora alegou que a tarja foi colocada por sua equipe de marketing, porque as pessoas tiveram uma interpretação errada sobre a sua entrevista. “Começaram a falar que estava desprezando a ajuda do Bolsonaro, que poderia ter sido arrogante, cuspindo no prato comeu, mas volto a dizer, sou a maior defensora dele, estava criticando os aproveitadores. Questiono a manchete que foi dada pelo jornal”, diz. 

Reportagem – Na entrevista que serviu de base para reportagem, no último domingo (7), o questionamento feito pelo jornal foi se a “votação expressiva” nas urnas se tratava do “efeito Bolsonaro”.

Textualmente a senadora respondeu: Não sou ‘caroneira’ do Bolsonaroninguém aqui é 'caroneiro' do Bolsonaro, apenas nos aliamos no ideal, mas temos nosso valor."

Quem é - Eleita com 370 mil votos, a advogada tem 45 anos. Nascida em Dourados, tem domicílio em Campo Grande e,  durante a campanha, divulgou como bandeiras o combate à corrupção e a chamada economia liberal.

O comitê dela de campanha, na avenida Afonso Pena, foi uma espécie de QG de Jair Bolsonaro em Campo Grande. Na frente, um banner classificava Soraya como "a senadora de Bolsonaro".

Durante a campanha, ela chegou a ir à polícia dizer que recebia ameaças, que vinham do presidente da legenda, Rodolfo Nogueira.  

Veja abaixo o vídeo em que ela faz a afirmação:

 

 
 
 




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