20/02/2019 05h33
UFMS exclui 18 alunos de Medicina que não se enquadram no sistema de cotas
Cartazes registrando protesto de alunos quanto a suposta fraude denunciada à Polícia Federal. (Foto: Izabela Sanches/Arquivo)
Para a próxima – Apesar do desligamento, os estudantes poderão reaproveitar as disciplinas já cursadas tanto em outras instituições de ensino como na própria UFMS, “após novo processo seletivo” no qual venham a ser aprovados. Os denunciados teriam ingressado em 2017 na instituição, ou seja, já cursaram ao menos quatro semestres do curso.
Estudantes do próprio curso de Medicina acionaram a PF apontando que 23 pessoas não se enquadrariam nos padrões para cotas raciais, sociais ou de pessoas com deficiência. Em meio a protestos, cartazes no Camed (Centro Acadêmico de Medicina) denunciaram o caso, que vinha sendo discutido na instituição desde o início do ano passado.
Conforme noticiou o Campo Grande News em novembro, estudantes brancos teriam conseguido ingressar na instituição por meio de cotas raciais, enquanto a cota social teria sido alegada por pessoas de melhor poder aquisitivo. Os autores das acusações reclamaram de terem levado o caso ao centro acadêmico e à própria instituição, sem resposta, levando-os a acionar a PF.
Desde 2017, o MPF (Ministério Público Federal) acompanha os critérios adotados pela federal para aplicação do sistema de cotas entre os candidatos a vagas em curso superior. “Com o objetivo de inibir as fraudes e manter a idoneidade do processo seletivo para todos os cursos, a UFMS adotou a verificação das cotas desde o segundo semestre de 2017”, frisou a universidade, apontando um dos resultados dos trabalhos da Procuradoria.