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Após acidente no Chile, o alívio do retorno de casal a Campo Grande


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08/06/2019 07h18

Após acidente no Chile, o alívio do retorno de casal a Campo Grande

Cláudia Maciel ficou ferida em deslizamento de pedras ocorrido a caminho da barragem El Yeso, no Chile; duas crianças morreram

Silvia Frias e Ronie Cruz


 Dez segundos. Tempo suficiente para transformar a viagem programada há meses, em pesadelo para o casal residente em Campo Grande, Cláudia Maciel Muller, 55 anos, e o marido, Ademir Antunes Mendonça, 62 anos. Ela ficou ferida e duas crianças morreram no deslizamento de pedras que aconteceu em uma das montanhas da barragem de El Yeso, região turística localizada na área metropolitana de Santiago, no Chile.

 

O acidente aconteceu no dia 3 de junho. No deslizamento das pedras, morreram duas crianças de outras duas famílias brasileiras: Khálida Trabulsi Lisboa, 3 anos, e Isadora Bringel, 7 anos. Cláudia fraturou o cóccix e pode perder pedaço da orelha direita, atingida no acidente.

O casal de advogados voltou para Campo Grande ontem (6) e, logo que chegou, Cláudia foi ao médico para novos exames. Na próxima semana deve se consultar com cirurgião plástico para ter diagnóstico final sobre a orelha.

Em casa, na Vila Rica, a tranquilidade deles não reflete os momentos de desesperos que viveram na montanha. Aquele seria o último dos três passeios programados em Santiago naquele dia e, também, o mais esperado. A rota seria parar a van, com cerca de 20 pessoas, ao pé da montanha e caminhar cerca de 1 km para ver a barragem abandonada de El Yeso, um dos pontos turísticos mais procurados.

A cerca de 500 metros da barragem, Cláudia se distanciou do marido e ficou atrás, fazendo fotos para outra turista. Foi nesse momento que o deslizamento começou. “Foram dez segundos de barulho ensurdecedor”, disse Ademir.

Cláudia se lembra da gritaria. “Pedra, pedra!”. Olhou para cima e pensou o pior. “Uma pedra grande, acho que uns 500 quilos começou a rolar e bater nas outras”. No choque, foram se dividindo em pedaços e descendo a estrada, chegando ao despenhadeiro. “Era pedra de tudo que é tamanho, em alta velocidade”, lembra a advogada.

No caminho, estavam os turistas. “Na hora que começou a rolar, pensei que ia morrer; a pedra bateu na minha cabeça, do lado direito e eu caí”, lembra Cláudia. Com dificuldade, conseguiu se levantar, percebeu que estava sangrando, mas só pensava em sair do local.

Avisado pelos mesmos gritos que chamaram a atenção da esposa, Ademir somente teve tempo de se esconder atrás de caminhão reboque, enquanto as pedras batiam no veículo. 

 




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