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Rara em qualquer lugar, lontra branca é vista passeando em pousada de MS


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14/09/2019 17h39

Rara em qualquer lugar, lontra branca é vista passeando em pousada de MS

Sozinho “e sem amigos” por perto, o animal surpreendeu turista alemão que aproveitava passeio no Rio Aquidauana

Izabela Sanchez


 Ao longe, na beira do Rio Aquidauana, os olhos viraram de canto como quem dizia: “o que você quer aqui?” Foi assim, capturada em fotografia, que uma lontra completamente branca, com “leucismo”, olhou para um turista alemão em Aquidauana, a 135 km de Campo Grande, em agosto. Animal raro, a lontra com leucismo não aparece sempre e muito menos em qualquer lugar do Brasil.

É por isso que a chegada dela à pousada Aguapé deixou felizes proprietária, funcionários, pesquisadores e turistas. Por duas vezes o animal mostrou a cara branca na Fazenda São José, onde funciona a pousada: no dia 4 e no dia 10 de agosto.

“A gente tem uma pousada que trabalha com ecoturismo e foi um dos nossos hóspedes, um alemão, junto com o guia, que viu durante um dos passeios de barco. Todos os dias fazemos dois passeios de barco no rio [Rio Aquidauana] de manhã e a tarde. A gente viu que ela era diferente”, contou a proprietária da pousada, Joana Tatoni Pereira Coelho Murano.

 
Olhando os curiosos (Foto: Divulgação/Pousada Aguapé)
Olho de canto já indica: o que vocês estão fazendo aqui me olhando? (Foto: Divulgação/Pousada Aguapé)
 

 

“Foi incrível para ele que nunca viu uma lontra, mas a gente ficou ainda mais espantando, tivemos que explicar que elas nem sempre tem essa coloração”, conta ela.

Solitária, a lontra com leucismo apareceu sem nenhum “parente”. Todos pensaram que fosse albina, mas é por conta do olho que não é. O leucismo é uma condição que deixa branca parte do corpo de um animal. E neste caso, pode-se brincar que a lontra é “99% albina, mas aquele 1% não”. Brincadeiras à parte, a explicação é que os olhos do animal não são brancos.

“A gente falou com biólogos, tem o projeto lontra que trabalha em Aquidauana. Tem uma lontra albina no aquário de SP, mas seria o primeiro registro na vida selvagem. Depois a gente contatou um outro biólogo e ele disse que provavelmente não é albinismo, seria leucismo porque [para ser albina] até o olho tem que ser branco”, comenta Joana.

 





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