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Governo negocia reajuste de até 31% para servidores


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24/08/2011 14h30

Governo negocia reajuste de até 31% para servidores

Revista Veja


 Esplanada dos Ministérios

Só a elevação do mínimo em 2012 deve ter impacto de 23 bilhões de reais nas contas públicas (Ricardo Stuckert/VEJA)

Na contramão das promessas feitas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, de não autorizar novos gastos, sobretudo de custeio, está em curso no governo uma negociação para conceder reajustes salariais a pelo menos 420 mil funcionários. Os aumentos podem chegar a 31%.

Os reajustes são para os funcionários do chamado "carreirão", que congrega trabalhadores que atendem ao público nos vários órgãos de governo. A proposta é elevar o salário para profissionais de nível superior em fim de carreira para 7 mil reais. No entanto, há negociações também com a elite do funcionalismo público, como Receita Federal e Polícia Federal.

"Tenho uma margem muito estreita", disse à reportagem o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva, sem revelar de quanto dispõe para negociar com o funcionalismo público. "Alguns pedidos, não conseguiremos atender." A expectativa do secretário é concluir as conversas nesta semana.

Todas as decisões quanto a aumentos salariais serão tomadas antes de 31 de agosto – prazo final para o envio ao Congresso Nacional da proposta do Orçamento de 2012.

Não é só o funcionalismo que vai pressionar os gastos no ano que vem. O maior impacto deverá vir do salário mínimo, que terá um aumento de 13% em 2012, segundo informou o ministro Guido Mantega. Nas contas do economista Felipe Salto, da consultoria Tendências, serão pelo menos 23 bilhões de reais a mais.

Defesa – Mantega defendeu o aumento do salário mínimo, afirmando que faz parte de um acordo fechado em 2007 com as centrais sindicais, pelo qual o piso é corrigido pela inflação do ano anterior e a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos atrás. Por essa regra, o salário mínimo não teve nenhum ganho acima da inflação este ano, mas crescerá fortemente em 2012. "Temos uma folga", disse o ministro.

(com Agência Estado)





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