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Reivindicado para virar Ceinf, prédio da CNEC vira estacionamento da Prefeitura de Campo Grande


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17/01/2014 07h50

Reivindicado para virar Ceinf, prédio da CNEC vira estacionamento da Prefeitura de Campo Grande

MIDIAMAX


 Desapropriada pela Prefeitura de Campo Grande há quase um ano, o prédio da escola CNEC - Oliva Enciso, localizada na avenida Afonso Pena esquina com a 25 de Dezembro, no centro de Campo Grande, está funcionando como estacionamento para carros.  Em outubro do ano passado, trabalhadores do comércio do centro reivindicavam que no local funcionasse um Centro de Educação Infantil (Ceinf).

Após a desapropriação a prefeitura chegou a pintar o prédio, mas o local tem permanecido fechado e serve como estacionamento para carros e motos. No ano passado, a vereadora Carla Stephanini (PMDB), atendendo aos pedidos de trabalhadores da região central, protocolou indicação para que no prédio funcionasse um Ceinf.

“A indicação ocorreu, primeiro, por haver um déficit de vagas, principalmente na região central. Consideramos também que o espaço não perderia sua função sendo adaptada para atender a educação infantil”, explica a vereadora. Até agosto do ano passado, a lista de espera por vagas nos Ceinfs era de 6.843 crianças.

Conforme Stephanini, apenas uma creche atende o centro da Capital atualmente. O local fica na rua Piratininga, no bairro Jardim dos Estados. “Na realidade, o local é uma casa adaptada”, revela a vereadora.

Em outubro do ano passado, os trabalhadores do comércio central chegaram a fazer uma mobilização em frente ao prédio da escola para revindicar o Ceinf.

O vereador Eduardo Romero (PTdoB), que também participou do movimento para desapropriação do prédio, lembra que o local poderia também servir para abrigar outros órgãos públicos que atualmente funcionam em locais alugados. “As sedes da Fundac e da Funesp estão em prédios alugados”, exemplifica.

Desapropriação

O terreno foi desapropriado em 11 em março de 2013, por meio do Decreto n. 12.113, quando o imóvel foi declarado como de utilizada pública. O decreto não revelava qual seria a finalidade do prédio, mas atendeu aos apelos da Associação de Pais Amigos da Escola Cenecista Oliva Enciso.

A associação foi formada após os pais e a direção local da escola Oliva Enciso tomar conhecimento da desativação em 20 de dezembro de 2012, quando a Direção Nacional da Cnec (Campanha Nacional das Escolas Cenecistas) comunicou aos cerca de 250 alunos e mais de 50 funcionários que as atividades na unidade da Capital estavam encerradas.

O fechamento teria relação direta com uma transação comercial do prédio onde funcionava a escola, a ser realizada pelo valor de R$ 11 milhões. A associação chegou a acionar o MPE (Ministério Público Estadual) para tentar impedir que o colégio fechasse as portas.

“A intenção, no primeiro momento, era de que a instituição CNEC não se desfizesse do imóvel da maneira como eles queriam. Eles queriam colocar a venda e defendemos que era um patrimônio público”, explica o presidente da Associação, Mauro Sandres. Os três filhos do advogado estudaram por toda vida escolar no local.

Na ocasião, os envolvidos com o colégio foram pegos de surpresa. Pais tiveram dificuldade para matricular os filhos em outros colégios e funcionários foram demitidos irregularmente. A escola atuava há 25 anos na cidade.

A reportagem do Midiamax questionou a assessoria de imprensa sobre qual a destinação do prédio, mas não receu reposta até o fechamento da reportagem.





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