Com a regulamentação do Uber, por meio de decreto da prefeitura de Campo Grande, os motoristas que estiverem nas ruas disponibilizando o serviço estão irregulares, afirmou o chefe do Executivo Municipal, Marquinhos Trad (PSD), neste sábado (25).

“A partir de hoje, os motoristas estão atuando na clandestinidade e sujeitos à fiscalização”, disse. A punição, conforme o prefeito, vai de advertência, suspensão até apreensão do veículo.

Conhecido como o serviço semelhante ao do taxi, o Uber caiu no gosto por ser mais barato. Apesar do prefeito alertar para a clandestinidade, o funcionamento é normal hoje, é possível pedir corrida neste sábado sem problemas. 

Entre os pontos que se tornaram obrigatórios com o decreto está o pagamento de taxas e que os motoristas sejam donos dos carros. 

Agora, o profissional que quiser prestar o serviço terá de buscar a Agetran (Agência Municipal de Trânsito), onde o motorista deverá se habilitar. Depois, a agência vai saber e a pessoa é apta a dirigir o veículo e se ele tem condição de trafegabilidade, seguro, entre outros critérios. “Eu sou a favor da Uber, mas a favor da Uber com segurança”, justificou o prefeito.

Para Marquinhos, o passageiro deve se atentar não só ao preço mais baixo, mas se o serviço é de qualidade e seguro. “As pessoas só estão pensando nisso, precisa pensar na segurança também”.

Embora o motorista do serviço tenha que pagar impostos, o que se soma ao preço total, o chefe do Executivo Municipal acredita que ambas as corridas (taxi e uber) devem abaixar “por conta da concorrência”.

A elaboração do decreto de Campo Grande foi resumo de leis, decretos, além de decisões judiciais sobre o assunto, disse o prefeito. Ele afirma que os motoristas do Uber poderão ter benefícios semelhantes aos dos taxistas, como desconto para aquisição de veículos, entre outros. Não deu muitos detalhes, disse apenas que “se depender da gente (prefeitura), sim”.

Serão 490 táxis e 490 ubers. A limitação imposta coincide com o número de alvarás de táxi emitidos em Campo Grande, visando dar igualdade a ambos. Porém, a exigência para que os motoristas Uber sejam donos dos próprios carros difere da realidade dos táxis, onde grande parte dos veículos são conduzidos por auxiliares que não são os detentores dos alvarás.

A Uber, por meio da assessoria de comunicação, disse que o decreto faz com que "milhares de motoristas parceiros fiquem sem uma oportunidade de geração de renda e que dezenas de milhares de pessoas percam sua chance de deixar seu próprio carro em casa".