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Daniela Ribeiro
PUBLICADO EM: 05/06/2025 06h37


Dia Mundial do Meio Ambiente: economia circular é o caminho para empresas mais sustentáveis

Modelo pode gerar um impacto econômico positivo de US$ 108 bilhões globalmente até 2050

Foto: Divulgação


 

O Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho, foi instituído pela ONU em 1972, durante a Conferência de Estocolmo, com o objetivo de conscientizar a população global sobre a importância da preservação dos recursos naturais. 

Em 2025, o tema escolhido pela organização é “O Fim da Poluição Plástica Global”, com a Coreia do Sul como país anfitrião das celebrações. Diante dos crescentes desafios ambientais, a data reforça a urgência de soluções sustentáveis — entre elas, a economia circular, que se destaca como um dos caminhos mais promissores para unir desenvolvimento econômico e responsabilidade ecológica.

Com problemas como mudanças climáticas, escassez de recursos naturais e acúmulo desenfreado de resíduos, o mundo empresarial busca alternativas sustentáveis e inovadoras. Entre as principais soluções destaca-se a economia circular, modelo que incentiva o reaproveitamento, a reciclagem e a ampliação do ciclo de vida dos recursos. 

De acordo com dados da ONU e da International Solid Waste, a economia circular pode gerar um ganho de US$ 108 bilhões para a economia global até 2050. Esse modelo não só representa uma mudança fundamental na forma como consumimos, mas também abre um leque de possibilidades para inovar em produtos e processos.  

“A transição para a economia circular não é apenas uma escolha sustentável mas uma decisão estratégica para empresas que desejam reduzir custos, inovar e conquistar novos mercados. A reutilização de bens e ativos pode representar um diferencial competitivo significativo, permitindo que os negócios operem de forma mais eficiente e responsável”, destaca o CEO da Kwara, plataforma que realiza a venda de bens, produtos e ativos, Thiago da Mata.    

Desperdício e baixa circularidade: cenário global e nacional

Globalmente, apenas 9% da economia mundial é circular, de acordo com relatório da Circle Economy, apoiado pela ONU Meio Ambiente. Isso significa que menos de 10% dos 92,8 bilhões de toneladas de minerais, combustíveis fósseis, metais e biomassa usados anualmente são reutilizados.

O mesmo relatório destaca que 62% das emissões globais de gases do efeito estufa (excluindo uso do solo e silvicultura) estão ligadas à extração, processamento e fabricação de bens, reforçando o potencial da economia circular para mitigar mudanças climáticas. 

No Brasil, em junho de 2024, houve o lançamento da Estratégia Nacional de Economia Circular (ENEC) pelo Governo Federal. O documento estabelece diretrizes para o uso eficiente de recursos naturais, redesenho das cadeias produtivas e incentivo à regeneração ambiental. 

A implementação da ENEC representa um marco significativo para o país, especialmente considerando que atualmente apenas 4% dos 81,8 milhões de toneladas de resíduos gerados anualmente são reciclados no Brasil, embora o potencial de reciclagem seja de pelo menos 30%, conforme o Plano Nacional de Economia Circular. Essa disparidade evidencia uma oportunidade de crescimento extraordinária para o setor. 

Para Thiago da Mata, a ENEC estabelece condições propícias para a adoção de práticas circulares. "Ela promove inovação, dissemina a cultura da reutilização e estimula a capacitação para reduzir, reaproveitar e reprojetar a forma como os produtos são concebidos. Além disso, incentiva o uso racional dos recursos, reduz a geração de resíduos e sugere instrumentos financeiros para apoiar iniciativas circulares, integrando esforços entre diferentes níveis governamentais e a força de trabalho", analisa.  

Segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Centro de Pesquisa em Economia Circular da USP, 85% das indústrias brasileiras já adotam alguma prática de economia circular em suas cadeias produtivas. Essas práticas visam reduzir o desperdício e aproveitar ao máximo os recursos, contribuindo para a redução de emissões de gases de efeito estufa: 68% dos empresários do setor afirmam que as medidas ajudaram a diminuir essas emissões.

O custo do desperdício: R$ 14 bilhões perdidos anualmente

Os números brasileiros revelam um cenário preocupante: cerca de 45% dos resíduos passíveis de reaproveitamento são perdidos anualmente no país, gerando um prejuízo estimado em R$ 14 bilhões, segundo dados da Abrelpe. Essa perda representa não apenas um problema ambiental, mas também uma oportunidade econômica desperdiçada.

Para empreendedores e empresas que buscam alternativas inteligentes e econômicas, a circularidade econômica oferece oportunidades robustas em ambas as pontas: compra e venda de ativos.

"Muitos itens de alta qualidade, como mobiliário corporativo, equipamentos de tecnologia e veículos, podem ser adquiridos por preços competitivos em leilões ou vendas diretas de empresas que estão renovando seus estoques, ou ainda vendidos para gerar receita extra e otimizar espaço e recursos", destaca o CEO da Kwara. 

Leilões de logística reversa crescem mais de 700% em 2025

A economia circular já está transformando a maneira como as empresas operam, inovam e se posicionam no mercado. Um exemplo prático são os bens que antes seriam descartados após retornos de logística reversa e que agora são tratados como novas fontes de receita por meio de plataformas especializadas, como leilões online ou presenciais. 

"Essa prática não apenas reduz o impacto ambiental, mas também proporciona agilidade financeira e eficiência operacional, fundamentais para empresas que buscam lucratividade enquanto fortalecem seus compromissos com as práticas ESG", comenta Da Mata. 

A logística reversa envolve o retorno de produtos ou materiais ao ciclo produtivo, seja para reutilização, reciclagem ou descarte adequado. Apesar de sua importância, a falta de infraestrutura adequada ainda representa um gargalo significativo no Brasil. 

Iniciativas pioneiras já demonstram como transformar esse desafio em oportunidade, com a comercialização de itens de empresas que estão trocando estoques, realizando desativações, modificando mobiliário, frota de veículos ou equipamentos, produtos de logística reversa, entre outros.

Segundo dados da plataforma Kwara, o valor total arrematado em leilões de itens oriundos da logística reversa cresceu mais de 700% no primeiro trimestre de 2025 em comparação ao mesmo período de 2024. O avanço é consistente também no comparativo semestral: entre o primeiro e o segundo semestre de 2024, o crescimento foi de quase 400%. 

"Dessa maneira, os negócios têm a oportunidade não apenas de levantar capital rapidamente a partir de seus estoques parados, mas também de otimizar recursos de forma mais eficaz. É uma abordagem essencial para empresas que buscam agilidade, eficiência e lucratividade, além de, obviamente, fomentar a economia circular e reúso de bens, ativos e produtos com o menor impacto socioambiental possível, fazendo com que os bens e produtos encontrem um novo propósito e gerem novas oportunidades", pontua Da Mata. 

Soluções práticas para um futuro sustentável

As ações sustentáveis da economia circular não só auxiliam as empresas a diminuir despesas operacionais e aprimorar recursos, como também fortalecem sua reputação como entidades com responsabilidade social e ecológica. A venda de ativos excedentes permite que essas instituições transformem o que seria descartado em fontes de receita, promovendo eficiência financeira.

"Muitas empresas disponibilizam itens em excelente estado ou até mesmo novos, possibilitando economia sem abrir mão da qualidade. Desde cadeiras para um novo escritório até equipamentos como computadores e impressoras, essa é uma solução inteligente e sustentável", explica o CEO da Kwara.

Além dos benefícios financeiros, essa prática fortalece o compromisso com as práticas ESG, demonstrando responsabilidade ambiental e social. Em um cenário de custos operacionais elevados e recursos cada vez mais escassos, a circularidade se torna uma ferramenta essencial para melhorar a eficiência financeira.

O futuro é circular e inevitável 

Neste Dia Mundial do Meio Ambiente, fica evidente que a economia circular representa mais do que uma tendência: é uma estratégia essencial para negócios que desejam se destacar no cenário atual e futuro. 

"Com os recursos naturais cada vez mais escassos, não se trata de 'se' as empresas vão adotar práticas circulares, mas 'quando'. Aqueles que se adaptarem rapidamente estarão à frente no cenário competitivo", finaliza Thiago. 

Organizações que enxergam os desafios ambientais como oportunidades serão protagonistas do futuro. A economia circular não é apenas uma solução possível — é o caminho inevitável para um planeta mais justo, inovador e sustentável.




 

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Kwara é uma plataforma digital que vem transformando o mercado de compra e venda de bens, produtos e ativos de qualquer natureza no Brasil. Com foco em empresas de todos os portes e segmentos, a startup oferece uma solução tecnológica robusta, que alia segurança, agilidade e escalabilidade para conectar vendedores e compradores em um ambiente 100% online. Fundada com o objetivo de desburocratizar o processo de venda e aquisição de ativos, a empresa se destaca pelo uso de tecnologia de ponta e uma abordagem centrada na experiência do cliente. O  grande diferencial da Kwara está em seu modelo de negócio baseado em dados e transparência, capaz de gerar liquidez rápida para empresas e facilitar o acesso a oportunidades de compra em todo o território nacional. Com um time especializado e um ecossistema digital que viabiliza desde o cadastro até a finalização das transações de forma eficiente. A Kwara vem se consolidando como uma aliada estratégica para empresas que buscam monetizar estoques parados, bens ociosos ou ativos que já não fazem parte do core business, reforçando os princípios da economia circular. Saiba mais em Kwara.

koreoficial.com.br/







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