13/08/2020 12h56
Chefe de almoxarifado furtava material da Sefaz e revendia para gráfica
Nesta manhã, foram apreendidos na casa dele mais de R$ 50 mil em materiais furtados
Funcionário público de 50 anos lotado há mais de 20 na Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda) foi indiciado por peculato. Há pelo menos 2 anos, o chefe de almoxarifado vinha furtando materiais de papelaria do órgão e revendendo para gráficas e editoras. Nesta manhã, foram apreendidos na casa dele mais de R$ 50 mil em materiais furtados. Como não houve flagrante, o suspeito foi ouvido e liberado.Segundo delegado Ricardo Meirelles, da 3º Delegacia de Polícia Civil, as investigações começaram há 1 ano depois que vizinhos denunciaram grande movimentação de veículos do órgão descarregando materiais de almoxarifado na casa dele. Durante as diligências, a polícia conseguiu imagens comprovando os fatos praticados pelo servidor.
Durante cumprimento de busca e apreensão na casa do servidor, foram apreendidas cargas de papel sulfite, pneus e produtos de almoxarifado. O autor, segundo a Polícia Civil, aproveitava o uso de carros públicos para fazer o transporte do material. Um veículo Fiat Uno branco oficial também foi apreendido.
Delegado Ricardo Meirelles, durante entrevista nesta manhã à reportagem do Campo Grande News (Foto: Silas Lima)
Em depoimento, o funcionário público confessou o crime e disse que desviava grandes quantidades de resmas de papel sulfite e revendia para gráficas e editoras da Capital. Afirmou ainda que já tinha uma rede a qual fazia o abastecimento, gerando uma “renda extra”, e justificou a ação por ter problemas de saúde, bem como sua esposa.
Além de material como canetas e papéis de envelope, os policiais apreenderam ainda, R$ 4 mil em dinheiro. Ele afirmou que parte do dinheiro veio das vendas dos produtos desviados do órgão.
Segundo o delegado, responsável pela conclusão do caso, o servidor público foi indiciado por peculato – crime contra a administração pública - na modalidade desvio. “A investigação prossegue, porém ele não foi preso pois não estava em situação de flagrante e responderá ao processo em liberdade, mas já foi indiciado e o dinheiro ficará à disposição da Justiça. “A pena para este tipo de crime varia de até 12 anos de prisão”, explicou a autoridade policial. Assista, abaixo, ao vídeo das apreensões.