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Simone Tebet conta com votos de dissidentes para se eleger presidente


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15/01/2021 13h56

Simone Tebet conta com votos de dissidentes para se eleger presidente

Considerando as possíveis traições, a senadora soma pelo menos 27 votos em dois dias de campanha

Por Tainá Jara


 Disputa interna levou o MDB a entrar com pelo menos um mês de atraso na briga pela presidência do Senado Federal. Para driblar a suposta desvantagem, a senadora Simone Tebet (MDB) conta com o voto de dissidentes para vencer as eleições e assumir o comando da casa em fevereiro.

 
 
Anunciada candidata na última quarta-feira, a parlamentar sul-mato-grossense está otimista mesmo precisando correr atrás do prejuízo. “Nós estamos recebendo muitos apoios. Mesmo daqueles partidos que já oficializaram apoio a Rodrigo Pacheco. Alguns dissidentes”, afirmou em entrevista na manhã de hoje na FM Educativa UCDB.
 
O oponente do DEM é apadrinhado pelo atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e, conforme cálculo do Congresso em Foto, contabiliza 41 votos, número suficiente para garantir a vitória.
 
Entre os apoiadores está a bancada do PT. O nome também seria a preferência do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O arco de apoiadores conta ainda com parlamentares do PSD, PSC, PROS, Republicanos, PL, PP e PDT.
 
"Nós não sabíamos que você seria a candidata” foi uma das frases ouvidas por Tebet, durante as conversas individuais na buscas por votos favoráveis, deixando evidente que alguns irão repensar suas preferências.
 
O senador Esperidião Amin (Podemos), por exemplo, já declarou voto favorável à emedebista, apesar do partido, com bancada de sete senadores, estar a favor de Rodrigo Pacheco. Já no PSDB, o nome da senadora não foi consenso, como o esperado, apenas José Serra e Mara Gabrilli se pronunciaram publicamente.
 
Atualmente, Simone preside a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. Em 2019, ele chegou a disputar internamente a preferência do MDB para disputa o comando da casa, mas acabou isolada e derrotada pelo senador Renan Calheiros.
 
 
Desta vez, ela é consenso dentro do partido. Mesmo assim, avalia que não será fácil. “É uma candidatura difícil, mas é uma candidatura de alto nível. Eu acho que são nomes competitivos que têm muito a acrescentar ao País”.
 
Propostas -  Simone tem como meta tornar o Senado mais democrático. “Eu tenho dito para os colegas que se for presidente, eu serei presidida pelos 80 senadores, porque ali é um órgão colegiado. Todos têm o seu valor e todos têm como contribuir”.
 
Rediscutir o pagamento do auxílio emergencial durante a pandemia deve estar entre as prioridades da casa, segundo ela.
 
 “Não na base de R$ 600, pois o governo já disse que não tem dinheiro. Nós não estamos falando em R$ 400, mas algo em torno de R$ 300, dentro do limite da responsabilidade fiscal. Sem fazer loucura de endividamento. Além disto, é possível fazer um filtro neste cadastro”, afirmou.
 
Reforma tributária e reforma administrativa também devem estar entre as grandes articulações do senado em 2021. “Não dá mais para quem ganha mais pagar menos impostos e quem ganha menos, pagar mais impostos”, avaliou.
 
Grupo de trabalho - O site o Antagonista divulgou que o MDB Nacional criou um grupo de trabalho para tentar impulsionar a candidatura de Simone Tebet à presidência do Senado. O partido notou, por exemplo que não havia uma menção sequer à candidatura da senadora no Twitter do partido.
 
A legenda decidiu reunir, na manhã de hoje, comunicadores e lideranças nacionais para traçar estratégias no sentido de “dar visibilidade ao trabalho da senadora, a primeira mulher na história do Brasil a concorrer à chefia do Poder Legislativo”.
 
 
 
 




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