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Bruna Surfistinha lembra mulheres de MS que “grávida também transa”


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20/07/2021 08h17

Bruna Surfistinha lembra mulheres de MS que “grávida também transa”

Por Bárbara Cavalcanti


 Sexo durante a gravidez ainda é assunto considerado delicado e que gera constrangimento diante do tabu que insiste em ficar. Mas para romper com essas dúvidas, uma conversa descontraída levou o tema "Sexualidade e Maternidade" para redes durante live promovida pela clínica campo-grandense Nascitá. Entre as convidadas, Raquel Pacheco, famosa como Bruna Surfistinha conversou com a ginecologista e obstetra sul-mato-grossense Rúbia Borges, e juntas falaram abertamente sobre o assunto.

 
Depois, em uma papo com o Lado B, médica e convidada foram enfáticas. “Sexo na gravidez não precisa parar”, diz Rúbia.  “A não ser que tenha alguma contraindicação médica, como por exemplo em casos de risco de aborto, ou quando há problemas placentários, em casos de gravidez de risco em geral”, esclarece a médica.
 
Porém, os casos em que há uma contraindicação são poucos. Raquel também defende o sexo durante a gestação. “Esse assunto é muito importante, mas que ainda tem muitos medos e tabus que precisam ser quebrados. Sexo durante a gravidez é saudável, é um momento de conexão muito especial para o casal”, detalha.
 
Raquel está grávida de oito meses de gêmeas, e revela que nesse estágio da gravidez lida com desconfortos. “Eu estou em uma fase “bem chatinha”, como digo sempre. É que as minhas bebês se movimentam bastante, eu fico cansada bem rápido, e suo muito mais por causa dos hormônios”, comenta.
 
Raquel e o marido em ensaio na praia. (Foto: Bianca Vilanova)
Raquel e o marido em ensaio na praia. (Foto: Bianca Vilanova)
Ainda sim, para o casal, o sexo não parou. “No meu caso, a posição “papai-mamãe” foi a primeira que eliminamos, por causa da pressão na barriga que causa muito desconforto. Hoje, a única posição que eu consigo me sentir confortável, é de ladinho com um travesseiro me ajudando a apoiar a barriga. É tudo uma questão de adaptação”, detalha.
 
 
Rúbia também enfatiza que esse é um momento que requer sensibilidade do parceiro. “Quando não tem contraindicação, tudo vai depender da mulher. Tem muitas que sentem muitas dores, na lombar, ou nos seios, por exemplo, que ficam sensíveis em geral. Então cabe ao parceiro saber ter esse cuidado. É algo que o casal vai ter que explorar sempre juntos”, reforça.
 
Ainda de acordo com a médica, é comum dúvidas em torno do bem estar físico do bebê. “Imagina um balão cheio de água e lá dentro tem uma bolinha. Para você conseguir alcançar a bolinha, realmente pegar nela por fora do balão cheio de água, você teria que apertar muito, fazer um esforço quase bruto. A mesma coisa é o bebê dentro do útero. Ele está dentro da bolsinha, que está dentro do útero e o útero ainda está bem revestido. A penetração pode até encostar no colo do útero, mas não tem como chegar perto do bebê, nem machucá-lo”, explica.
 
Doutora Rúbia em um dos atendimentos. (Foto: Arquivo Pessoal)
Doutora Rúbia em um dos atendimentos. (Foto: Arquivo Pessoal)
A médica ainda relata que é comum acontecer sangramentos. “Dependendo da altura do colo do útero, pode ser que o pênis encoste e isso acabe causando um leve sangramento. Mas isso é normal, afinal, o útero inteiro está muito vascularizado nessa fase. É geralmente algo bem pouco, que pode sangrar alguns dias, pois o sangue pode até ficar por um tempo no canal vaginal. Mas desaparece rapidamente e é completamente normal acontecer”, detalha.
 
 
E ela ainda ressalta que tudo deve ser conversado, tanto na hora de tirar dúvidas com a médica, quanto entre o casal. “As dúvidas são equilibradas entre os homens e as mulheres. É muito comum, por exemplo, um homem não querer ter relações por pudor, por não querer ter uma relação sexual com o filho no meio, o que, em termos de saúde do bebê, não tem nada a ver. Tudo realmente o casal tem que se adaptar”, expressa.
 
Raquel também ainda reforça que o assunto precisa ser mais discutido. “Eu recebo muitas mensagens de grávidas me pedindo conselhos, o que mostra a importância desse assunto. Eu mesma não chego a entrar em detalhes com a minha médica, mas eu pergunto muito sobre a saúde das minhas filhas e se está tudo bem e liberado. Sexo na gravidez não precisa parar”, expressa.
 
 




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