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“O produtor não é inimigo do meio ambiente”


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22/07/2021 06h56

“O produtor não é inimigo do meio ambiente”

Shirley Ocampos


 Natural de Santo Ângelo/RS, aos 41 anos, Fernando Cadore foi empossado como novo presidente da Aprosoja-MT e conduz os trabalhos da entidade pelos próximos três anos. Ainda criança, aos seis anos de idade, Cadore deixou o Rio Grande do Sul com a sua família, o destino: Mato Grosso. Assim como muitos produtores rurais que chegaram ao Estado naquela década, os Cadore também vieram em busca de oportunidade de uma vida no campo. A família chegou em Campo Verde, mas se estabeleceu em Primavera do Leste, no ano de 1988. Fernando Cadore é casado com Franciella Cadore com quem tem três filhos. Possui formação técnica em Agropecuária pelo Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) e graduação em Agronomia pela Universidade de Mato Grosso (UFMT). Aos 41 anos foi empossado como novo presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), no dia 18 de dezembro de 2020. O produtor rural conduz os trabalhos da entidade pelos próximos três anos.

Em 2010, Fernando se associou a Aprosoja e começou a se engajar com a entidade. Foi delegado coordenador por Primavera do Leste de 2011 até 2013, depois assumiu o cargo de segundo vice-presidente Sul por dois anos (2016-2017). No último triênio (2018-2020) atuou como vice-presidente da instituição. Agora chegou ao cargo mais alto da entidade, foi eleito presidente com 1.900 votos pela chapa 01 “Aprosoja Decidida, Produtor mais Forte” para o triênio (2021-2023).

O que a entidade representa para você e o que o produtor rural pode esperar desta gestão?
Cadore:
 A entidade é um mecanismo de defesa do produtor rural na coletividade. É o local onde nós produtores temos voz. É justamente isso que a nossa gestão vai fazer: ouvir às demandas e buscar soluções para que a nossa classe se desenvolva cada vez mais forte. Queremos uma gestão participativa, entender os verdadeiros anseios e agir em prol de melhorias.

A logística e o armazenamento são alguns dos gargalos que precisam ser solucionados para que a produção agrícola avance. Na sua gestão, como esses entraves serão trabalhados?
Cadore: 
É preciso investir em políticas públicas. Temos um déficit na questão da armazenagem dos grãos. Hoje temos apenas 50% dos armazéns disponíveis para o que Mato Grosso produz. E a perspectiva é de que essa produção aumente em 45% nos próximos 10 anos. Um Estado como o nosso, líder na produção de grãos, fica com a capacidade produtiva comprometida. A logística do escoamento dos grãos também precisa de atenção. A Aprosoja-MT já tem desenvolvido projetos em parceria com o Movimento Pró-logística para melhorar a condição de trafegabilidade. E vamos dar continuidade.

Em relação aos projetos desenvolvidos pela Aprosoja-MT, na sua gestão irão continuar?
Cadore:
 Vamos dar sequência aos projetos que têm gerado resultados positivos. É preciso disseminar o que temos feito e investir em pesquisas e ações que trazem benefícios ao produtor, seja na área da defesa agrícola, política agrícola, logística e sustentabilidade.

E por falar em sustentabilidade, essa é uma questão bastante desafiadora. Como a sua gestão pretende mostrar para a sociedade que o produtor rural tem responsabilidade socioambiental?
Cadore:
 Temos que romper com essa desinformação que muitos têm de que o produtor é inimigo do meio ambiente. O único caminho é a comunicação. Vamos informar a sociedade, mostrar que conservamos e preservarmos o meio ambiente. De acordo com o levantamento feito pelo projeto Guardião das Águas, utilizamos menos de 10% de todo o território mato-grossense com agricultura, conservamos 34% da área com florestas privadas, dentro das nossas propriedades rurais, em forma de reserva legal, área de preservação permanente, corredores ecológicos e nascentes.

Para finalizar, qual recado do presidente para os associados?
Cadore:
 Primeiramente agradeço a confiança depositada em mim para conduzir uma das maiores entidades de classe do país. Somos 7 mil e 200 produtores associados. Faço o convite para que todos participem, se engajem na causa rural. Estamos abertos para ouvir sugestões, críticas e contamos com todos para uma gestão participativa.

 
 




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