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Na vida, a Bíblia; no Supremo, a Constituição: veja respostas de Mendonça na CCJ


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  • mell280

02/12/2021 06h02

Na vida, a Bíblia; no Supremo, a Constituição: veja respostas de Mendonça na CCJ

Giovanna GalvaniJoão de Marida CNN*


 

Ex-ministro da Justiça e ex-advogado-geral da União indicado por Jair Bolsonaro ao STF teve nome aprovado pelo Senado nesta quarta-feira (1º)

Mendonça foi questionado sobre diversos assuntos em diferentes áreas ao longo do dia por 27 parlamentares que integram a CCJ
Mendonça foi questionado sobre diversos assuntos em diferentes áreas ao longo do dia por 27 parlamentares que integram a CCJFoto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

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O ex-ministro da Justiça e ex-advogado-geral da União, André Mendonça, teve o nome aprovado no plenário do Senado Federal nesta quarta-feira (1º) ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Antes disso, Mendonça foi sabatinado por cerca de 8 horas na Constituição e Justiça (CCJ) no Senado, presidida pelo senador Davi Alcolumbre (DEM-AP). Ele foi aprovado por 18 votos a 9

Depois da aprovação na CCJ, seu nome foi ao plenário do Senado, onde eram necessários ao menos 41 votos favoráveis dos 81 senadores. Mendonça foi aprovado por 47 votos a 32.

Embora o ex-ministro seja apontado como o nome “terrivelmente evangélico” que Bolsonaro prometeu indicar ao Supremo, Mendonça alegou firmar “comprometimentos” com o Estado Democrático de Direito, bem como com o Estado laico e com a igualdade jurídica “entre todas as partes”.

Em suas declarações iniciais na CCJ, Mendonça, pastor da Igreja Presbiteriana Esperança, localizada em Brasília, disse que “na vida, a Bíblia; no Supremo, a Constituição”.

Mendonça foi questionado sobre diversos assuntos em diferentes áreas — política, jurídicos e até perguntas de cunho pessoal — ao longo do dia por 27 parlamentares que integram a CCJ.

Apesar da expectativa de uma entrevista coletiva após a confirmação de seu nome ao STF, o escolhido de Bolsonaro apareceu publicamente apenas para sinalizar agradecimentos aos evangélicos e afirmar que está “honrado em poder servir o país no Supremo“.

Confira algumas respostas de André Mendonça na CCJ

Na vida, a Bíblia; no Supremo, a Constituição

André Mendonça firmou, ao longo de sua fala inicial, comprometimentos caso seja encaminhado à cadeira do STF. Entre eles, estão a defesa da democracia, o Estado laico e a “imparcialidade irrestrita” enquanto juiz da Suprema Corte.

“Me comprometo com o estado laico. A laicidade é neutralidade, não perseguição e não concessão de privilégios por parte do Estado a um credo especifico ou grupo de pessoas”, afirmou. “Significa garantir a liberdade religiosa de todos os cidadãos, inclusive daqueles que optam por não ter religião”.

“Na vida, a Bíblia; no Supremo, a Constituição”, declarou.

Não há espaço para manifestação publica religiosa durante uma sessão do STF

Novamente voltando ao ponto do Estado laico, André Mendonça afirmou que chegou a avisar o presidente Jair Bolsonaro sobre a impossibilidade de fazer manifestações religiosas no Plenário do Supremo Tribunal Federal

Bolsonaro havia anteriormente mencionado que Mendonça poderia realizar “uma oração” no início de cada sessão da Corte.

“Sempre tive uma preocupação com isso. Nunca pus no meu currículo profissional o fato de eu ser pastor. Até diante da fala do presidente de orações diante das sessões, expliquei a ele que não há espaço para manifestação publica religiosa durante uma sessão do STF”, disse Mendonça.

Defenderei casamento civil das pessoas do mesmo sexo

Questionado pelo senador Fabiano Contarato (Rede-ES), André Mendonça confirmou que, como ministro do Supremo, defenderá “o direito constitucional do casamento civil das pessoas do mesmo sexo”.

“Espere de mim sempre o respeito, o compromisso com a Constituição. Respeito a vossa excelência, vossa família. O mesmo direito que eu tenho, vossa família tem. Espere de mim não compactuar com a discriminação”, afirmou.





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