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Na Aldeia Marçal de Souza, "busão" faz vacinação das crianças indígenas


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  • mell280

31/01/2022 04h37

Na Aldeia Marçal de Souza, "busão" faz vacinação das crianças indígenas

Por Gabriela Couto e Cleber Gellio


 O Memorial da Cultura Indígena Cacique Enir Terena recebe hoje (30) o busão da vacina da Cruz Vermelha. O veículo estacionado no bairro Tiradentes realiza, pela 1ª vez, a imunização em crianças. Até então, o posto itinerante só havia feito a vacinação em adultos.



Por orientação do Ministério da Saúde, as crianças precisam ficar no local sob monitoramento das equipes médicas por 20 minutos após a vacina. O coordenador de Defesa das Comunidades e Populações Indígenas da SDHU (Subsecretaria de Defesa dos Direitos Humanos), Nerio Alberto Alfredo, explica que o trabalho nessas comunidades ocorre há uma semana.

 

Busão da cruz vermelha estacionado no Memorial da Cultura Indígena Cacique Enir Terena realiza a imunização itinerante. (Foto: Marcos Maluf)
Busão da cruz vermelha estacionado no Memorial da Cultura Indígena Cacique Enir Terena realiza a imunização itinerante. (Foto: Marcos Maluf)
"Solicitamos na Sesau [Secretaria Municipal de Saúde] para fazer o chamamento das crianças indígenas e há uma semana vem trabalhando com as lideranças das comunidades de 13 aldeias e 6 aglomerados pra conscientizar a vacinação desse público. Esse tipo de ação itinerante, com certeza alcança um número maior de pessoas, porque muitas não têm condições de levar as crianças para vacinar", afirmou.


No local estão disponíveis 1 mil doses de vacina contra o coronavírus. A meta é imunizar 100 a 150 crianças indígenas. O cacique da aldeia Marçal de Souza, Joseias Jordão Ramarres, levou os filhos Moisés Venegas Ramires, 7 anos e Isaac Venegas Ramires, 10 anos para receber a dose.

Moisés, 7 anos, filho do cacique, é imunizado pelo secretário de Saúde, José Mauro Filho (Foto: Marcos Maluf)
Moisés, 7 anos, filho do cacique, é imunizado pelo secretário de Saúde, José Mauro Filho (Foto: Marcos Maluf)
"Esse é um momento muito importante para a comunidade, não só indígenas, mas para todas as crianças dessa região. Essa mobilização com as lideranças é importante porque nós somos exemplos e chama a atenção da população em geral sobre a importância da vacina", afirmou o cacique.


Quem também aproveitou a oportunidade de levar toda a família para se vacinar foi a dona de casa Laura Maythe Britez, 35 anos. Ela mora no bairro Tiradentes, mas teve dificuldade de conseguir a vacina nos postos de saúde da região. Dos seis filhos, quatro tem idade para se imunizar.

"Aproveitei para tomar minha segunda dose e vacinar meus filhos. Não tinha conseguido até agora porque enfrentei muita burocracia quando busquei as doses", justificou. Com ela também se imunizaram hoje os filhos Saffira, 6 anos, Leonydas, 9 anos , Sabrina 12 anos e Serena, 14 anos.

Laura trouxe todos 4 dos 6 filhos que podem vacinar para receber a imunização (Foto: Marcos Maluf)
Laura trouxe todos 4 dos 6 filhos que podem vacinar para receber a imunização (Foto: Marcos Maluf)
Todos os pequenos ganharam certificado de cidadania, coragem e bravura por ter "enfrentado com determinação a agulhinha da vacina". Sem derramar nenhuma lágrima, Saffira comemorou. "Doeu só um pouquinho. Tomei a vacina para cuidar da saúde", afirmou.

O superintendente de gestão do cuidado da Sesau, Marcos Rodrigues, afirmou que desde o dia 17 de janeiro até agora, o busão vacinou 2.192 pessoas. Das sete regiões da Capital, duas foram concluídas com o posto itinerante, sendo elas Bandeiras e Anahaduí. O destaque ficou para o recorde de imunizados no bairro Itamaracá, que realizou a aplicação de 529 doses.



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