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Caminhos da vida


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  • mell280

18/07/2022 06h08

Caminhos da vida

Venildo Trevizan - Frei


 

Recolhimento será o segredo para quem se propõe estudo e exercício da serenidade e do bem-estar espiritual e intelectual.

O ser humano se encontra em permanente busca de algo que lhe proporcione alegria, paz e harmonia com sigo, com o universo e com Deus. E o caminho é convidativo, muito embora nem sempre seja fácil. Mesmo assim, continua aberto e acessível para todos.

Diante dele, continuam as possibilidades e as escolhas. Escolher o melhor. Escolher o mais importante. Escolher aquele que mais favorece. Ter a coragem de dispensar o fácil. Assumir aquele que se apresente como mais necessário.

Renunciar o cômodo e abraçar o desafiante. Recusar o prazeroso e assumir o edificante. Penso em tantas pessoas caminhando pelo caminho da esperança de um dia chegar concretizar àquilo que tanto almeja. Não se abala frente às dificuldades. Sabe que são oportunidades no exercício da paciência e da esperança.

Sabe que contribuem no cultivo dos dons e dos talentos em vista daquilo que pretende concretizar em seus sonhos ou em seus empreendimentos. Sabe que a vida é desafiante no cultivo da fé e na edificação de seus ideais.

Não soa bem aos ouvidos nem ao coração de quem alimenta grandes conquistas e grandes obras permanecer parado diante de possibilidades tão ricas de realização pessoal e de enriquecimento em favor da comunidade.

Coragem é a palavra-chave para quem deseja algo de valor e de grandiosidade. Humildade será a atitude fundamental para quem sonha em ser bem-sucedido em suas buscas de conhecimentos que lhe garantam um bom lugar entre os sábios e os santos.

 

Recolhimento será o segredo para quem se propõe estudo e exercício da serenidade e do bem-estar espiritual e intelectual. Detesta o superficial e o passageiro. Luta pelo profundo e pelo inquietante.

Assim são as almas que vivem sob a luz da sabedoria e da graça. O exemplo vem da Bíblia Sagrada, que, entre tantos fatos, escolhi este muito familiar: o Mestre dos mestres decide visitar duas mulheres amigas suas, Marta e Maria.

Marta é quem o acolhe e conduz à sala e volta para as atividades domésticas que havia iniciado. Maria chega e senta a seus os pés para o escutar. Marta não teria gostado da atitude da irmã e reclama: “Senhor, não te importas que minha irmã me deixe só a servir? Dize-lhe que me ajude”. Respondeu-lhe o Senhor: “Marta, Marta, andas muito inquieta e te preocupas com muitas coisas; enquanto uma só coisa é necessária; Maria escolheu a melhor parte” (Lc.10,38-42).

Essa cena revela uma situação muito comum entre nós que andamos um tanto atarefados com situações e afazeres diários e dizemos não dispor de tempo para um encontro mais espontâneo e mais gratuito com Deus.

Alegamos os muitos compromissos e, com isso, justificamos a não presença na família, a não atenção aos filhos, ao não recolhimento para uma prece, para um exercício espiritual. E o coração vai esfriando, a alma esvaziando e Deus distanciando.

Ainda é tempo para uma revisão de vida e fortalecimento do espírito. Ainda é tempo de olhar para dentro de si e perceber que temos grandes possibilidades de sermos felizes com o gostinho de sentir que, apesar de tudo, Deus nos ama e nos abençoa.

 

 





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