PUBLICIDADE

“E se eu largasse tudo e caísse no mundo?” foi essa a escolha do casal Rafael Almeida, 39 anos, e a fisioterapeuta Mileide Mossmann, 35 anos. Contada pelo tudodoms


PUBLICIDADE
  • mell280

24/07/2022 06h39 - Atualizado em 24/07/2022 08h50

“E se eu largasse tudo e caísse no mundo?” foi essa a escolha do casal Rafael Almeida, 39 anos, e a fisioterapeuta Mileide Mossmann, 35 anos. Contada pelo tudodoms

Hosana de Lourdes, da redação


o casal Rafael Almeida, 39 anos, e a fisioterapeuta Mileide Mossmann, 35 anos. Durante o trajeto

Land Roots é o nome da expedição turística, que levou o projeto Agrinomads pelas estradas. Um dia desses durante a visita ao casal de amigos Serlei Marisa e Agadir Mosmamm falamos de nossos filhos, durante a conversa o casal contou que a filha estava pelo mundo já fazia quatro anos.  Jornalista curiosa sempre quer saber mais, me interessei pela história entrei em contato com casal, hoje domingo matéria pronta, uma pauta interessante, leve para os dias atuais. Serlei e Agadir moradores de Maracaju relatam a saudade da filha, torcem pela sua felicidade mas, não veem a hora do casal retornar ao Brasil. 

Ao portal tudodoms a mãe Serlei escreveu: “Hosana é saudades misturado com emoções, um dia após o outro nunca sabemos se realmente estão bem. É uma pós graduação que faculdade nenhuma uma ensina. Tenho orgulho de minha filha e meu genro por largar tudo e realizar seus sonhos” disse.

*Vem com a gente conhecer:  "Land Roots é a história do casal Mileide e Rafael, tem viagens, amor, aventuras e muito aprendizado," relatou a  fisioterapeuta ao tudodoms.

 

Do centro do Brasil para o topo do mundo – O Ártico!

 

            Muitas pessoas hoje se questionam; “E se eu largasse tudo e caísse no mundo?”, Bem foi mais ou menos isso que aconteceu com o engenheiro agrônomo Rafael Almeida, 39 anos, e a fisioterapeuta Mileide Mossmann, 35 anos, que se conheceram aqui mesmo em Maracaju. Após alguns anos que se encontraram aqui em nossa cidade, Rafael e Mileide se casaram e começaram suas vidas juntos, e mal sabiam eles que um dia iriam realizar um projeto que muitos já pensaram em fazer; Cair na estrada e sem data para voltar.

 

O casal durante a viagem - Foto album do casal

Querendo buscar uma mudança de vida e de mais conhecimento, trocaram uma casa fixa e emprego por uma casa sobre rodas e uma busca por novas culturas e aprendizados ao longo das Américas. O carro, chamado de Brucutu, uma Land Rover de quase 20 anos de idade, porém muito bem preparada para os dois tripulantes dessa aventura.

 

 

A viagem em si era muito mais do que buscar atrativos turísticos ao longo do percurso, mas também ir atrás de informação e crescimento pessoal. Surgiu a idéia de buscar informações sobre como a agricultura é feita ao longo do nosso continente,  como são produzidos os alimentos e de que forma eles chegam a mesa das pessoas naquela região, e nomearam este projeto como AgriNomads, que além de conhecer sobre a produção local também foi auxiliando as pessoas ao longo do caminho com consultorias gratuitas aos produtores, e em troca recebiam conhecimentos técnicos e principalmente aprendiam como eram seus costumes e como preparavam seus alimentos. Mas como eles não iriam publicar as informações agrícolas junto com as fotos e vídeos da viagem, resolveram então nomear a expedição como LAND ROOTS, que significa Raízes da terra, lembrando um pouco o vínculo agrícola e ao mesmo tempo mostrando que suas vidas era mais rústicas agora, tomando banho de caneca, usando o banheiro no meio do mato, ou seja mais um jeito “roots” (raiz).

           

A principio a rota planejada era conhecer os extremos do continente americano em um prazo de 1 ano e meio, começando por conhecer grande parte do Brasil, seguindo para o sul da América do sul. Já no primeiro país estrangeiro, o Uruguai, conheceram sobre a pecuária conduzida por lá, mas também outras atividades agrícolas como a produção de hortaliças e frutas orgânicas. Já na Argentina e próximo ao extremo sul do continente, conheceram sobre a produção de Lã  e carne de cordeiro, provenientes da famosa região da Patagônia. Conheceram a famosa cidade de Ushuaia, considerado por muitos como fim do mundo, uma vez que é o ponto mais ao sul do planeta que é possível chegar dirigindo seu próprio carro).   Ainda na Argentina vivenciaram a produção de uvas para vinho e também maçãs, fruta que era produzida em maior parte para abastecer o mercado brasileiro. Outra cultura que viram também por lá foi o lúpulo, ingrediente essencial para a produção de cerveja.Uma das paradas para descanso e conhecer o local feitas pelo casal - Foto Album do Casal

Passaram pelo Chile, onde observaram as produções de abacate, Paraguai com suas áreas em expansão de soja, e também pela Bolívia, com sua grande diversidade de batatas e também quinua.

 

No Peru, conheceram uma região interessante por sua produção de café de qualidade e também de mel, participando de eventos promovidos pelo governo local. No Equador tiveram contato com o famoso chocolate da Amazônia equatoriana, que é muito famoso no mundo todo. E para finalizar a América do sul, tiveram uma boa imersão no famoso café colombiano.

 

Um dos pontos críticos da viagem foi a travessia da Colômbia, da América do Sul, para o Panamá, América Central, uma vez que não existe estrada neste trajeto e o carro tem que ser enviado através de um navio. Esta passagem foi intensa porque ficaram 8 dias sem o carro e atravessaram com um veleiro de um destino ao outro, onde enfrentaram mar aberto em um barco com pouca estrutura, sem água doce e com alguns riscos de naufrágio que foram superados e que termino com um final feliz, onde todos sobreviveram.

 

 

Após esta travessia para a América Central, um novo desafio, uma pandemia. Ninguém nunca imaginaria que uma pandemia pudesse chegar e fechar todas as fronteiras do mundo, deixando-os presos num país chamado Costa Rica. Ali passaram muitos meses fechados, e depois de mais de um ano conseguiram seguir viagem rumo ao norte com seu carro.  Após 7 meses “presos” conseguiram voar para a Portugal, onde passaram 8 meses, como momento de pandemia, tudo foi mais confuso trabalharam por um período até terem noticias de aberturas de fronteiras da américa central, onde ficou o carro. Na Europa aprenderam sobre a produção do vinho português e de suas famosas azeitonas além da rica culinária mediterrânea.

 

Com sinais de que as fronteiras iriam abrir na América central, com muitas restrições, voltaram para o continente americano e resgataram o seu carro e fiel companheiro, o Brucutu, para seguir viagem.

 

 

Na América central seguiram observando suas riquezas naturais, como vulcões, praias e muitos lagos em cima das montanhas. Na Nicarágua conheceram de perto um vulcão em atividade, e até escalaram alguns deles na Guatemala também. Em Honduras começaram a conhecer mais das ruínas e culturas da civilização Maia. Outra riqueza que seguia como ponto de atenção para eles foi a fruticultura ali desenvolvida no local. Como exemplo o abacaxi e a banana produzidos na América Central, abastece boa parte da Europa e América do norte.

 

 

Chegaram ao México e entenderam a forte relação deste povo com o milho, tanto para fazer tortilhas como também para preparar de outras diversas formas para serem usados em sua rica gastronomia. Datas importantes como o dia de mortos  (02 de novembro), foram vivenciadas por este casal aventureiro no México.

 

 

Mesmo com restrições provenientes do Covid, eles se vacinaram no México e conseguiram passar para os Estados Unidos após somente 07 dias da abertura das fronteiras terrestres (em novembro de 2021).

 

 

Nos Estados Unidos eles ficaram um tempo na região sul para esperar o inverno rigoroso do norte, e foi quando chegou o mês de março de 2022 seguiram viagem para conhecer grandes cidades como Nova Iorque, Philadelphia e também a capital Washington DC, onde na ocasião estava ocorrendo uma feira que tinha como foco promover o agronegócio e desmistificar diversas informações sobre alimentos transgênicos e combustíveis renováveis  proveniente de álcool de milho o cana de açúcar.

 Na estrada pelo mundo - Foto Álbum do Casal

 

De Nova Iorque seguiram para conhecer as Cataratas do Niagara, onde os EUA faz fronteira com o Canada. Ali foi um momento de decisão se realmente seguiam viagem ou não, pois para eles foi muito difícil suportar todos os custos que uma pandemia trouxe, principalmente para quem estava longe de casa. Mesmo com todas as adversidades e dificuldades que passaram, resolveram enfrentar mais uma fronteira e chegaram no Canadá, onde la conheceram mais de suas belezas naturais e também da produção de Maple, uma espécie de xarope de açúcar que é produzido através da extração da seiva de uma determinada árvore, e muito consumido pelos americanos como uma calda que colocam em cima de suas famosas panquecas.

 

Saíram então do extremo leste do Canadá para cortar todo este país rumo ao oeste, e chegar enfim ao Alasca. Depois de muito percorrido conseguiram chegar não somente a sua última fronteira, mas também ao destino mais ao norte da sua aventura, alcançando a latitude 70 graus no GPS, sendo um dos pontos mais ao norte possível de se chegar com um veículo convencional.

 

Para eles a chegada ao Alasca foi um ponto marcante, pois mesmo enfrentando muitos desafios, fronteiras fechadas, uma pandemia mundial e poucos recursos, conseguiram atingir o objetivo, que era de conhecer nosso continente e entender como a agricultura vem sendo conduzida por nós em diversos países.

casal segue em viagem, porém agora de regresso para a América do sul, Foto Álbum do Casal

O casal segue em viagem, porém agora de regresso para a América do sul, e sabem que voltam com uma bagagem grande de conhecimento e vivências que ninguém vai tirar deles. Hoje eles seguem incentivando as pessoas a buscar e realizar seus sonhos, sem importar muito com os padrões que a sociedade tenta impor para as pessoas, pois este padrão nem sempre se encaixe para todos.  O casal já rodou  desde a  saída março 2018,  chegada ao Ártico final de junho 2022,  mais de 100.000 quilômetros, visitaram- 18 países,  no canal do YouTube com montagem da casa sobre rodas estão todas as informações.

 

Quem quiser conhecer mais sobre este casal, e acompanhar a volta deles para o Brasil, podem seguir-los nas redes sócias, instagra - @landroots, ou facebook, facebook.com/landroots.raizesdaterra, e também tem o site www.landroots.com.br

 #casal segue em viagem, porém agora de regresso para a América do sul

#viagens

#Brasil

#Mundo

#Porai

 





PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
  • academia374
  • Nelson Dias12
PUBLICIDADE