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Estilista nega plágio e diz que acusação pode desclassificar Miss


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05/08/2022 06h08

Estilista nega plágio e diz que acusação pode desclassificar Miss

Vestido da Miss MS foi inspirado em trajes de outras misses e criado com desenho autoral, alega estilista

Por Mirian Machado


 A estilista Veronika Braz, que assina o vestido da Miss Mato Grosso do Sul, na categoria ‘Fantasia Regional’ no concurso de beleza Miss Brasil, negou que a peça seja plágio do traje da terena Natielly Souza de Albuquerque, de 22 anos, usado no concurso Miss Indígena 2022, em Campo Grande. Segundo Veronika, a peça é totalmente autoral, desde o corte até o desenho.



A estilista disse ao Campo Grande News que a acusação pode prejudicar a Miss Hemilly Duarte, que representa MS, caso a situação chegue ao conhecimento dos organizadores nacionais. “Isso pode prejudicar a Hemilly lá no concurso, pode prejudicar o Estado. Ela pode ser desclassificada, porque até comprovar que não foi plágio... Não dá tempo”, lamenta a estilista.

Ela sustenta que a confecção do vestido usado pela Miss foi uma junção de produções feitas pelos próprios moradores da aldeia urbana Marçal de Souza, inclusive, o desenho do vestido, criado pelos grafiteiros Arnaldo Aparecido Fernandes de Alcântara e Hero-Oreh.

“Ele  (Arnaldo) tem uma pintura lá na casa dele que ele mesmo fez, não foi nada tirado da internet e reproduziu no vestido dela [Miss]. Os acessórios todos foram feitos pelos próprios moradores. A questão dela [Natielly] é porque a Hemilly não a chamou para participar na fabricação da peça. Ela se auto declara estilista, porém a Miss procurou alguém da área com formação para auxiliar”, garante Veronika.

Trajes que também foram usados como inspiração para confecção do vestido de Hemilly. (Divulgação)

Trajes que também foram usados como inspiração para confecção do vestido de Hemilly. (Divulgação)
A inspiração para a fantasia foi de trajes de outras candidatas brasileiras no MIss Universo Brasil. “ Ambas levaram em seus trajes a cultura indígena para o mundo, diferentemente da capa (lenço) produzida pela reclamante”, explicou.


Ainda segundo a estilista, a peça da Miss Indígena é um top com lenço e saia, já o traje da  Hemilly é um vestido. “Ela disse que copiamos até o corte. Como copiar o corte se o dela nem é vestido?. Demoramos três semanas para fazer a peça entre adaptações até o resultado final.” questionou.

Veronika ainda ponderou que Hemilly é de descendência terena e tem autonomia para usar a fantasia. “Todos os envolvidos no projeto estão tomando às medidas cabíveis judicialmente e estamos todos muitos felizes pela colocação no top 6 do traje típico, pois essa conquista é de todos os sulmatogrossense”, concluiu.

O traje "Mãe do Pantanal" rendeu a Hemilly a classificação no TOP6 das melhores fantasias regionais do concurso, o melhor resultado do Estado na história em participações na competição.  Ele foi feito em cetim bucol com corpo de ilusion, saia em godê simples com fenda lateral e aplicações de penas artificiais no corpo, pinturas da fauna e flora pantaneira na saia e grafismos.


Natielly com o vestido que ela acusa a "Miss MS" de ter plagiado. (Foto: Arquivo Pessoal)
Natielly com o vestido que ela acusa a "Miss MS" de ter plagiado. (Foto: Arquivo Pessoal)
Acusação - Segundo Natielly Souza de Albuquerque, de 22 anos, o vestido usado pela "Miss MS" para representar a Fantasia Regional no concurso é uma cópia da peça que ela confeccionou e usou no desfile do concurso Miss Indígena 2022, deste ano, e no qual Natielly foi eleita Miss Simpatia Inámatí Kuxonéti São Conrado. Diante da semelhança das peças, ela acusa a miss de plágio. "Isso é um plagio, é uma falta de respeito, comigo e com a minha criação", desabafa a jovem.



 




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