Em nove dos últimos 12 meses as exportações brasileiras de carne de frango registraram recorde de embarque para os respectivos meses. Neste ano, esses recordes se permaneceram por todo o semestre, sem exceção. Assim, entre o segundo semestre do ano passado e o primeiro deste ano só os meses de julho, setembro e dezembro permanecem com recordes antigos, anteriores a 2022.

O mais emblemático deles na data de exatos cinco anos atrás, de julho de 2018. Então, os dados da SECEX apontaram embarque de mais de 438 mil toneladas de carne de frango in natura, resultado mensal aquém, apenas, das 484,2 mil toneladas de março passado e que, portanto, permanece há 60 meses como o segundo maior volume mensal já exportado.

No entanto, naquela ocasião, para o mês anterior (junho/18), foram apontados embarques 50% inferiores aos que seriam anunciados em julho – isto denotando que parte do volume daquele mês só foi contabilizada no mês seguinte. Porém, ainda que o resultado efetivo de julho de 2018 tenha ficado aquém das 400 mil toneladas (a média mensal daquele exercício não chegou a 320 mil toneladas), prevalecem como recorde para o sétimo mês do ano as (perto de) 410 mil toneladas exportadas em julho de 2015.

Já os recordes dos meses de setembro e dezembro são mais recentes, de 2021. Tendem, juntamente com agosto, outubro e novembro de 2022 a serem superados se prevalecer, por exemplo, a média registrada no primeiro semestre de 2023: perto de 409,5 milhões de toneladas/mês.

Reforça essa tese um outro indicador: o de que o volume exportado no segundo semestre tem sido (média dos últimos 16 anos) perto de 5% superior ao do primeiro. E se isso se confirmar em 2023, a média mensal do corrente semestre não será muito inferior a 430 mil toneladas/mês, superando todos os recordes ainda presentes entre agosto e dezembro.