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Mulheres e crianças; relatório mostra os alvos da violência em MS


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  • mell280

21/07/2023 06h37

Mulheres e crianças; relatório mostra os alvos da violência em MS

Esta é a 17ª edição o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que reúne dados de diversas ocorrências criminais registradas em 2022

Adriano Fernandes


 Relatório do FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública), divulgado nesta quinta-feira (20), chama a atenção para os altos índices de violência sofridos por crianças, mulheres e negros, em Mato Grosso do Sul.Esta é a 17ª edição o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que reúne dados de diversas ocorrências criminais registradas em 2022, em todo o país. A publicação é uma importante ferramenta para a criação de políticas públicas e promoção de melhorias na segurança pública.

 
 
Confira os dados de violência referentes a MS:
FEMINICÍDIO: Mato Grosso do Sul foi um dos estados com maior média de feminicídio em 2022: 2,9%, mesmo índice que Mato Grosso. Enquanto foram 33 feminicídios em 2021, no ano passado foram 40, aumento de 20%.
 
RACISMO: o estado apresentou crescimento de 117%, taxa maior que o país (67%). Foi o 3º maior crescimento entre os estados, perdendo apenas para GO, AL e BA. Em 2021, foi 0,8 caso por 100 mil habitantes, quase igual ao nacional (1). No ano passado, subiu para 1,7/ 100 mil habitantes, igualando ao Brasil.
 
PORTE DE ARMA EM ESCOLAS: no último ano, foram registrados 51 ocorrências de porte de armas como revólver, faca, canivete, etc. O estado apresentou a 2ª maior média país: 5,4%, proporcionalmente calculada em relação ao número de habitantes, perdendo apenas para o Distrito Federal, que teve 6%.
 
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: o número de casos em 2022, em comparação a 2021, caiu 25,7%: é a 3ª maior queda entre as unidades federativas. Mesmo assim, ainda é o 12º mais violento. No Brasil, em 2021, a taxa foi de 230,1 casos para 100 mil mulheres, enquanto no estado foi de 329,3. Já no ano passado, o país registrou um índice de 236,7 e MS teve 244,7.
 
 
ESTUPROS CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES – os estados de Roraima, Mato Grosso do Sul e Amapá lideram, com taxas de mais de 200 estupros entre vítimas de 0 a 17 anos a cada 100 mil habitantes.
 
INJÚRIA RACIAL: é um crime que o estado apresentou crescimento de 50,5%, taxa maior que o país (32,3%). Foi o 4º maior crescimento entre os estados, perdendo apenas para PB e AM. Em 2021, foram 11,3 casos por 100 mil habitantes, mais que o dobro nacional (5,8). No ano passado, subiu para 17/ 100 mil habitantes, enquanto no Brasil foram 7,6. Também apresentou a 3ª maior taxa, ficando atrás do DF e SC.
 
HOMOFOBIA OU TRANSFOBIA: o crescimento foi pequeno de 11,5%, menor que do país (53,6%). Em 2021, foi 0,3 caso por 100 mil habitantes, igual ao nacional. No ano passado, a taxa se manteve a mesma, aumentando apenas os números absolutos de 8 para 9 casos.
 
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MORTES A ESCLARECER: aumentou 16,6% e alcançou a maior média do Brasil, com 43,9%. Em números absolutos, o estado é o 3º com mais mortes a esclarecer (1.210), perdendo apenas para o Rio de Janeiro (2.048) e São Paulo (2.233).
 
 
SUICÍDIO: diminuiu 11,9% no último ano, sendo registrados 234 em 2021, e 208 em 2022. Mato Grosso do Sul foi o 11º estado com a menor taxa do país.
 
MORTES VIOLENTAS: cresceu 15,6% em Campo Grande, sendo 131 em 2021 e 153 em 2022.
 
REGISTRO DE CAC’S: número de registros de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC) aumentou 295,8% nos últimos 5 anos em Mato Grosso do Sul. Índice saltou de 12.023 registros em 2012, para 47.589 em 2022.
 
TRÁFICO DE DROGAS: registros diminuíram 10,6% no ano passado, mas MS ainda é o 2º estado com maior taxa em tráfico de drogas, 145,6%, por 100 mil habitantes. Estado perde apenas para o Rio Grande do Sul, com 148%.
 
 
 
 





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