O lucro obtido com a realização da festa é destinado a entidades assistenciais que prestam algum tipo de serviço para a sociedade. O hospital da cidade, Apae, casas de amparo à idosos, crianças e adolescentes, banco de auxílio a cadeirantes são alguns dos segmentos assistidos com recursos do evento.
“É uma experiência muito boa, como gestor poder contribuir. Porque eu trabalhei em várias edições, acompanhei a evolução e o crescimento da festa e o que ela se tornou para Maracaju, e o Estado. Podemos contribuir para manter a estrutura, vendo o resultado, de fomento a economia local, e com o lucro revertido para as entidades filantrópicas, então em todos os aspectos a festa é muito positiva”, disse o prefeito de Maracaju, Marcos Calderan.
A festa, realizada entre 3 e 5 de maio, faz parte da “Rota MS Gastronômica”, com várias atrações culturais organizadas pelo Governo do Estado, por meio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul. A ação da gestão estadual tem como objetivo potencializar a vocação natural de cada município, chamando a atenção para suas festas tradicionais.
Este ano, na 28° edição da festa que ocorre há 30 anos (com suspensão em 2020 e 2021 por conta da pandemia), foram produzidas aproximadamente 20 toneladas de linguiça. A previsão dos organizadores era de reunir 40 mil pessoas durante os dias de festa, com estimativa de que para cada real movimentado, outros R$ 7 giram em consumo e serviços no comércio de Maracaju.
Durante todo o evento, foi realizada exposição e comercialização do artesanato sul-mato-grossense no estande do Governo do Estado. E também é realizada a emissão da Carteira Nacional do Artesão, neste domingo (5), a partir das 10h.
História
A festa nasceu em 1994, de um projeto do Rotary Club que buscava divulgar e valorizar a iguaria mais famosa da cidade. Com o passar dos anos, a gastronomia se juntou a outros atrativos, como shows nacionais, exposição de veículos, máquinas e implementos, parque de diversões, artesanato, fazendo da festa um dos principais eventos turísticos do Mato Grosso do Sul.
Atualmente, o evento é considerado um dos maiores e mais importantes da gastronomia regional. A iguaria é temperada com "laranja azeda", com selo "anti-fake" de indicação geográfica emitido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial, o que garante desde 2016 ao prato a proteção contra falsificações de origem e produção. Além disso, em um dos dias da festa, a linguiça faz parte da merenda escolar na cidade.
Em 2019, foi firmado um acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, que deu status especial à iguaria, que agora integra a lista de 220 itens protegidos pelo Mercosul. Dentre os itens estão o queijo Canastra de Minas Gerais, Mel do Pantanal e a Cachaça.
No ano passado, passaram pelo Parque de Exposições em torno de 35 mil pessoas, com consumo e comercialização de 10 toneladas de linguiça. Toda a renda foi destinada às entidades sociais e assistenciais do município, entre elas, o Hospital Soriano Corrêa da Silva e projetos sociais da PM (Polícia Militar).