O dólar à vista finalmente encerrou o dia abaixo de R$ 5,50 nesta terça-feira (17), cotado a R$ 5,4865. A expectativa de maior fluxo de capital estrangeiro tem contribuído para essa queda.

 

Hoje, dia 18 de setembro, é um dia crucial para decisões de política monetária, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil. Aqui, as previsões indicam que o Banco Central deve elevar a taxa de juros em 0,25%, com o anúncio após o fechamento do mercado. Essa decisão, que não deve ser unânime, terá impacto nos preços amanhã.

 

No entanto, para que o real se valorize de maneira sustentável, é fundamental um compromisso com o equilíbrio fiscal. Controlar os gastos públicos, evitar despesas fora do teto de gastos e frear a criação de novos impostos que possam prejudicar o crescimento, são passos essenciais. O povo brasileiro não sente o retorno adequado dos tributos pagos, o que intensifica a pressão por uma política fiscal mais eficiente.

 

No momento, a dinâmica cambial está sendo influenciada principalmente pelo diferencial de juros. Para o Banco Central, a elevação dos juros visa controlar a inflação, além de compensar a falta de compromisso fiscal. O impacto das decisões de hoje poderá ser refletido no mercado por meio do carry trade, mas o diferencial de juros exato será acompanhado de perto.

 

Nos Estados Unidos, o Federal Reserve provavelmente cortará os juros em 0,25%. O ponto mais relevante, porém, será o comunicado subsequente, no qual os economistas buscarão pistas sobre a trajetória futura dos juros.

 

A meu ver, um ajuste de 0,25% em ambos os países já está precificado no câmbio atual. No entanto, qualquer decisão que ultrapasse esse patamar trará reflexos imediatos no mercado de câmbio. 

 

No calendário econômico de hoje, a zona do euro divulgará o IPC de agosto antes da abertura dos mercados. No Brasil, teremos a divulgação do fluxo cambial estrangeiro às 14:30 e a decisão de juros às 18:30. Nos EUA, além dos dados de construção de casas novas de agosto às 9:30, o grande evento será a decisão de juros às 15:00, seguida pela declaração e coletiva de imprensa do FOMC.

 

Uma super quarta-feira a todos!