PUBLICIDADE

Cirurgia cerebral de Lula: especialista em medicina legal esclarece como o hematoma foi tratado


PUBLICIDADE
  • mell280

11/12/2024 10h47

Cirurgia cerebral de Lula: especialista em medicina legal esclarece como o hematoma foi tratado

Elisangela Andrade


Médica detalha a intervenção e alerta sobre os riscos de hemorragias intracranianas

Nesta terça-feira (10/12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi submetido a uma cirurgia para drenagem de um hematoma subdural no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. O procedimento, foi necessário após um exame detectar uma hemorragia intracraniana, ocasionada em razão de uma queda em outubro. Especialista em medicina legal esclarece como o hematoma foi tratado.

Em 19 de outubro, o presidente caiu no banheiro do Palácio da Alvorada e bateu com a cabeça. Embora não tenha causado sintomas graves na época, o episódio resultou em um trauma que foi monitorado pela equipe médica, que inicialmente, não demandou nenhuma intervenção cirúrgica imediata.

De acordo com a médica Caroline Daitx, especialista em medicina legal e perícia médica, a hemorragia intracraniana ocorre quando há o extravasamento de sangue para fora dos vasos sanguíneos na cavidade craniana. "Essa condição pode surgir devido a traumas, hipertensão arterial, aneurismas, ou mesmo alterações relacionadas à aterosclerose, entre outras causas. Dependendo do compartimento afetado — como o extradural, subdural ou subaracnóideo — a abordagem médica pode variar significativamente", explica.

O hematoma subdural, como no caso do presidente, ocorre entre as camadas meníngeas dura-máter e aracnóide. Quando esse tipo de hemorragia causa pressão no tecido cerebral, procedimentos cirúrgicos podem ser necessários para aliviar os sintomas e prevenir complicações graves.

Embora inicialmente tenha sido descrita como uma craniotomia, a intervenção realizada no presidente Lula pode ser melhor caracterizada como uma trepanação, conforme esclarece Daitx. “A trepanação é a abertura de um pequeno orifício na abóbada craniana para descompressão e drenagem de hematomas. Esse procedimento é menos invasivo do que uma craniotomia completa, sendo indicado para casos em que a hemorragia é limitada ao espaço subdural e pode ser resolvida com uma abordagem mais simples”, detalha.

O impacto da hemorragia intracraniana

A hemorragia intracraniana pode apresentar sintomas variados, como dores de cabeça intensas, confusão mental, e alterações neurológicas. Quando diagnosticada precocemente, o tratamento é geralmente eficaz, com altos índices de recuperação total. No entanto, o prognóstico depende de fatores como a extensão da hemorragia, as condições de saúde preexistentes e a rapidez no atendimento médico.

“Procedimentos como a trepanação são cruciais para prevenir danos permanentes e aliviar a pressão intracraniana, protegendo as funções cerebrais. O caso do presidente reflete a importância de diagnósticos rápidos e cuidados especializados”, destaca a médica.

Fonte: Caroline Daitxmédica especialista em medicina legal e perícia médica. Possui residência em Medicina Legal e Perícia Médica pela Universidade de São Paulo (USP). Atuou como médica concursada na polícia científica do Paraná e foi diretora científica da Associação dos Médicos Legistas do Paraná. Pós-graduada em gestão da qualidade e segurança do paciente. Atua como médica perita particular e promove cursos para médicos sobre medicina legal e perícia médica.  

Informações à imprensa      

Sobre a M2 Comunicação Jurídica      

A M2 Comunicação Jurídica é uma agência especializada nos segmentos econômico e do Direito. Contamos com diversas fontes que atuam em âmbito nacional e internacional, com ampla vivência nos mais diversos assuntos que afetam a economia, sociedade e as relações empresariais.      

 





PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
  • academia374
  • Nelson Dias12
PUBLICIDADE