- mell280
02/01/2025 09h48
Mastite na produção leiteira: o que é preciso saber?
Quando o uso de antibiótico se faz necessário, garantir que o animal retorne rapidamente à linha de ordenha é um diferencial importante
A incidência de mastites nas fazendas produtoras de leite é uma das principais fontes de prejuízo do produtor, gerando a redução da produção, o descarte de leite, o aumento de gastos com serviços veterinários e medicamentos, o descarte involuntário de animais, e, em alguns casos a morte da vaca afetada.
A doença é caracterizada pela inflamação das glândulas mamárias e pode ser classificada como mastite subclínica, quando a vaca não apresenta sinais evidentes da doença e não é possível observar alterações visíveis no leite, e mastite clínica, onde ocorrem alterações visíveis no leite, no úbere e, até mesmo de forma generalizada na vaca afetada devido produção de toxinas ou venenos (toxemia) no quarto mamário afetado, e septicemia que ocorre quando a infecção progride por todo o corpo do animal.
“Na mastite clínica são observadas alterações no leite, que tende a ficar mais ralo, podendo haver presença de grumos, sangue e pus, ou mesmo ocorrer a ausência de produção, chamada agalaxia. No úbere podem ocorrer alterações como inchaço, dor, aumento da temperatura e vermelhidão. Em alguns casos, as vacas afetadas podem apresentar febre, prostração, redução ou falta de apetite, desidratação, coma e morte”, detalha Rafael Queiroz, médico-veterinário gerente de produtos da Linha Leite da Ceva Saúde Animal.
A reação inflamatória decorrente da mastite clínica é uma tentativa do organismo da vaca de eliminar o agente causador do problema. Em alguns casos, pode levar à destruição do tecido glandular secretor de leite e acarretar uma queda de produção permanente, decorrente da substituição deste tecido por fibrose. Essa substituição tecidual é um processo irreversível, fazendo com que a vaca já não produza mais leite no quarto mamário afetado. Por este motivo, os animais que apresentam sintomas de mastite clínica demandam uma rápida intervenção contra o agente causador da moléstia.
Embora a inflamação da glândula mamária possa ser decorrente de agentes físicos, alérgicos ou químicos, os agentes microbiológicos ou as infecções, são os mais importantes. De acordo com a Embrapa – Gado de Leite (CNPGL)*, embora mais de 137 espécies, subespécies e sorotipos de microrganismos já tenham sido identificados nos casos de mastite bovina, a grande maioria dos quadros da doença é causada por bactérias. “Os agentes mais comuns são os Streptococcus sp, Staphylococcus aureus, Corynebacterium bovis, Escherichia coli, Klebsiela sp., Enterobacter sp e Serratia sp, ou seja, são bactérias gram-positivas e gram-negativas, difíceis de serem distinguidas apenas pela observação do animal ou do leite. Assim técnicas que auxiliem a identificação do microrganismo devem ser empregadas. Além disso, uma estratégia amplamente utilizada no campo é a utilização de formulações ou medicamentos antimicrobianos de amplo espectro, que atuem sobre as principais bactérias Gram positivas e Gram negativas para o tratamento rápido e eficaz dos animais afetados”, explica o profissional.
Ciente disso, a Ceva traz em seu portfólio o Marbox®, um antibiótico bactericida que controla as infecções pelas principais bactérias envolvidas nas mastites, de dose única, a base de Marbofloxacina, que é capaz de atingir rapidamente elevada concentração plasmática e nos tecidos. Marbox® é o antibiótico sistêmico ideal para complementar o tratamento local das vacas com mastite clínica, potencializando a rápida eliminação dos microrganismos infecciosos e possibilitando um rápido retorno do animal às condições normais de saúde e bem-estar.
“Saúde íntegra é um pilar fundamental para o bem-estar da vaca, mas a convivência com os outros animais e a manutenção de sua rotina também são fatores relevantes nessa equação. O animal com mastite e outras doenças se estressa com a segregação do rebanho e a quebra da rotina a qual ele está acostumado, e o estresse interfere nos índices produtivos e na qualidade de sua produção por um considerável período. Por isso, o Marbox® também pensa neste aspecto do bem-estar da vaca e o animal tratado com Marbox® que pode retornar para a linha de ordenha apenas 48 horas após a aplicação”, finaliza Rafael.
Aliada a um tratamento eficiente e que favoreça o bem-estar animal, a prevenção da mastite na fazenda ajuda a evitar grandes perdas para o pecuarista. A estratégia de controle da doença na propriedade envolve ações como higiene adequada dos animais e das instalações, mantendo o ambiente das vacas bem ventilado, com conforto térmico, seco, com a cama limpa, para que o grau de sujidade do úbere seja pequeno (Escore de Úbere baixo). Na rotina da ordenha a realização da imersão dos tetos antes (pré-dipping) e após (pós-dipping) a mesma é manejo fundamental, que auxilia na criação de barreiras sanitárias capazes de evitar novas infecções de agentes causadores da mastite.
Sobre a Ceva Saúde Animal
A Ceva Saúde Animal (Ceva) é a 5ª empresa global de saúde animal, liderada por veterinários experientes, cuja missão é fornecer soluções de saúde inovadoras para todos os animais e garantir o mais alto nível de cuidado e bem-estar. Nosso portfólio inclui medicina preventiva, como vacinas, produtos farmacêuticos e de bem-estar para animais de produção e de companhia, como também equipamentos e serviços para fornecer a melhor experiência para nossos clientes. Com 7.000 funcionários em 47 países, a Ceva se esforça diariamente para dar vida à sua visão como uma empresa OneHealth: "Juntos, além da saúde animal".
Faturamento Global de 2023: €1,5 bilhão.
www.ceva.com.br
* Embrapa: https://www.embrapa.br/agencia-de-informacao-tecnologica/criacoes/gado_de_leite/pre-producao/qualidade-e-seguranca/qualidade/mastite