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- mell280
02/01/2025 15h51
Eleição de Mesa Diretora tem bate-boca, polícia e gritos de “sem vergonha”
Aline dos Santos
A eleição da Mesa Diretora na Câmara Municipal de Porto Murtinho foi marcada por bate-boca, presença da PM (Polícia Militar) em plenário e muita confusão, que até ofuscou a posse do prefeito Nelson Cintra (PSDB), reeleito para mais um mandato.
Vídeo mostra 24 minutos de tumulto, onde a plateia gritou de “pela ordem” a “sem vergonha”. O público também chamou pela polícia. A votação foi aberta com o anúncio de registro de duas chapas. A 01, que recebeu nome de Rota Bioceânica, e é liderada por Sirley Pacheco (PP).
A chapa 2 tinha como presidente Antônio Viana Garcia Elias (MDB). Na sequência, constou a substituição do nome do vice: saiu Kleber Augusto Lopes (que não foi eleito) e entrou Alessandro Pereira (PSDB).
Contudo, a chapa 2 foi indeferida sob argumento de que só poderiam ser indicados vereadores eleitos para os cargos de presidente, vice, secretário e segundo secretário. Como Kleber consta oficialmente como não eleito, apesar de ter uma briga jurídica, foi considerado que a indicação dele já anulou a chapa.
“Seguimos todos os ritos do regimento interno. Ficou uma chapa e eles até poderiam ter votado contra”, diz o vereador Elbio Basta (União Brasil), que é segundo secretário da chapa vencedora.
Antônio Elias, o Dr Antônio, vai acionar a Justiça contra o resultado da eleição da Mesa Diretora. As justificativas são adulteração de documento público e que o regimento da Casa de Leis não foi cumprido.
O vereador afirma que registrou os nomes para a Mesa Diretora antes de decisão judicial que cassou toda uma chapa por fraude da cota de gênero na eleição, com recontagem de votos.
“Ainda não tinha saído a relação dos diplomados. Então, a gente era obrigado a registrar uma chapa sem saber se ainda ia ter alguma alteração. Mas o regimento também diz que eu posso alterar a composição da minha chapa, exceto presidente, meia hora antes da sessão. E isso foi feito dentro do prazo legal. No último momento, também, a vice-presidente da outra chapa desistiu da para me apoiar e o prazo para substituição era 17h30”, diz Antônio.
A chapa dele fez o registro de um documento às 17h33, protocolado como de número 8. “E eles fizeram o protocolo da substituição de número 11 às 17h30. Não tem como. Como o horário voltou?”, questiona.
Outro ponto é que a outra chapa saiu do plenário e, portanto, faltou quórum.