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Sao Sebastião: Há 75 anos, São Sebastião é aconchego e 1º lar de Margarida


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  • mell280

20/01/2025 07h57

Sao Sebastião: Há 75 anos, São Sebastião é aconchego e 1º lar de Margarida

Por Natália Olliver


 “Meu apego e aconchego estão aqui com São Sebastião”. Margarida Queiroz Pereira, de 79 anos, fez do guerreiro seu guardião. E com laços fortes desde a infância com o santo atribui a ele a conquista de seus lares. O primeiro, a própria paróquia, que leva o nome dele e é local das orações da devota desde 1950. Outro, é a casa dos pais e por último, a primeira casa onde morou com o marido.

 
Há 75 anos, São Sebastião é aconchego e 1º lar de Margarida
Para comemorar o dia do Santo (celebrado no dia 20 de janeiro), a professora aposentada conta sua história, proximidade que incluir ter visto de perto a construção da igreja, - localizada na Rua Minas Gerais, no  bairro Monte Carlo - fundada a partir de uma bênção de São Sebastião. Desde então ela não largou mais nenhum dos dois, a paróquia e o santo. O local foi fruto de uma graça concedida por meio do guerreiro romano que anos mais tarde seria santificado e reconhecido como protetor da humanidade contra fome, guerra e pestes.
 
“Na década de 1930 deu uma peste no gado e o senhor José Roberto, fundador, era devoto de São Sebastião. Ele pediu para que o santo livrasse o gado e em troca ele construiria uma capelinha para ele. Ele recebeu a bênção mas não tinha condições físicas de construir, então chamou os amigos. Eles começaram em 1936 e um ano depois acabaram”.
 
 
Professora viu paróquia dedicada ao santo ser construída e nunca frequentou outra (Foto: Marcos Maluf)
Na época o bairro era formado por chácaras, e os pais de Margarida moravam em algumas. O trabalho consistia em cuidar das criações, plantas e da propriedade enquanto os donos não estavam. A infância dela foi assim, pulando de casa em casa até enfim conseguir a própria.
 
“Meus pais eram católicos e desde cedo me trouxe para igreja. Na época isso era uma capelinha muito pequena. Ser devota dele é uma coisa muito grande em mim. Vi minha mãe chorar e implorar para São Sebastião para que tivesse uma casa onde conseguisse criar os filhos. Ela sofria muito por não ter uma casa para morar e recebemos a graça”.
 
Margarida comenta que sempre morou na região e que quando estava noiva recorreu ao santo novamente para ter condições de comprar a casa própria. Entretanto, apesar de ter conseguido, ela não coloca toda a responsabilidade pela conquista em São Sebastião.
 
“A graça a gente recebe quando também faz parte do processo. Eu trabalhava, meu marido trabalhava e começamos a economizar para comprar. O santo ajudou.
 
 
 
São Sebastião é o santo protetor do homem nas guerras, pestes e fome (Foto: Marcos Maluf)
A paróquia sempre foi motivo de orgulho para a professora, que mesmo morando em outros bairros só participava da missa ali. A igreja foi motivo da escolha da profissão dela. A aposentada ressalta que o lugar foi onde ela encontrou a fé e a fortaleceu ao longo dos anos. Sempre junto de São sebastião.
 
“Aqui aprendi muito e saiu a minha profissão. Eu era professora de fundamental e também fui diretora de escola por 12 anos. Aqui foi onde minha fé cresceu e floresceu. É um apego de infância que ficou depois de adulto”.
 
Lembrando do passado, Margarida explica que após a igreja ficar pronta, em 1937, o prédio foi apresentado à Diocese, - que ficava em Corumbá - mas por não estar dentro dos parâmetros não foi considerada como um templo de Deus. As portas então foram fechadas e abriram apenas 11 anos depois, em 1948, quando uma professora foi trabalhar na comunidade e viu a capela “sem vida”.
 
“Ela resolveu quebrar a porta e começou a rezar os terços e chamar as famílias. As pessoas humildes parecem que têm mais fé e esperança do que os que têm mais. Eu vinha, foi minha primeira igreja e escola. Em 1950 foi a primeira festa para São Sebastião, eu participei. Era criança e aqui era um lamaçal. A pequena capela estava lotada de gente. Tenho orgulho dos meus pais terem me trazido pra cá e participado do começo de tudo”.
 
Para comemorar o dia de São Sebastião, a paróquia fará missas em diversos horários, sendo a primeira às 6h e a segunda às 8h30. A missa das 10h será a última do período da manhã. Na parte da tarde a celebração será às 17h.
 
Programação completa do dia:
 
As festividades para celebrar sua data começaram no dia 11 de janeiro e, para finalizar, confira a programação da paróquia (localizada na R. Minas Gerais, 549 - Monte Carlo):
 
7h - café da manhã comercializado
8h30min - missa
10h - missa
11h30min - almoço comercializado
15h - récita do terço
17h - missa de encerramento
18h - procissão luminosa
19h - quermesse de encerramento
Saiba quem foi o santo
 
São Sebastião ficou conhecido por sua fé inabalável e coragem diante da perseguição. Ele era um soldado romano, mas secretamente cristão. Durante o reinado do imperador Diocleciano, que perseguia os cristãos, Sebastião se destacou por ajudar e apoiar os que acreditavam em cristo. Quando isso foi descoberto ele foi condenado à morte.
 
Primeiramente, foi amarrado a um tronco e atingido por flechas, mas sobreviveu ao ataque. Depois, foi novamente preso e, por ordem do imperador, foi finalmente martirizado com um golpe de clava.
 
O ato transformou Sebastião em um dos santos mais venerados, por ter lutado contra pestes e ajudado os pobres em vida. Além disso, por ter sido um grande guerreiro. Ele é o protetor dos militares e soldados recorrem a ele em busca de bênção no campo de batalha. Sua festa é celebrada no dia 20 de janeiro, justamento no dia em que foi morto.
 
 




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