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Trump fecha as portas dos EUA: quem paga o preço?


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  • mell280

28/01/2025 16h58

Trump fecha as portas dos EUA: quem paga o preço?

Elizabeth Matias


(*) Jennifer Manfrin

Durante a posse de seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos, Donald Trump deu início ao cumprimento de uma de suas principais e mais controversas promessas de campanha: endurecer as políticas de imigração e “fechar o cerco” para aqueles que buscam viver nos EUA.

Embora o movimento já fosse esperado por muitos, não deixa de ser alarmante constatar como essa postura caminha na contramão dos valores de humanidade e acolhimento que deveriam guiar as nações do século 21. Essa medida não afeta apenas aqueles que sonham com uma vida melhor em outro país, mas atinge, principalmente, os que fogem de perseguições, guerras, fome e condições de vida insustentáveis – pessoas que não têm outra escolha senão deixar seus lares.

Abandonar o próprio país é um ato de coragem extrema. É enfrentar longas jornadas repletas de perigos e humilhações em busca de uma oportunidade de sobrevivência e dignidade. Essa coragem, muitas vezes, reflete a profundidade da dor e do desespero vividos por aqueles que não podem mais chamar de lar o lugar onde nasceram.

Imagine viver sob a constante ameaça de violência em um país em guerra? Imagine não ter comida suficiente para alimentar seus filhos ou ser alvo de um governo opressor que nega seus direitos mais básicos? Esses são os motivos que levam tantas pessoas a arriscar tudo para chegar aos Estados Unidos – não para tirar o emprego de ninguém, mas para sobreviver e, quem sabe, construir um futuro digno.

A verdade é que esses imigrantes desejam a prosperidade do país que os acolhe. Eles buscam contribuir com a sociedade, assim como milhões de outros imigrantes fizeram ao longo da história dos Estados Unidos, tornando a nação um símbolo de diversidade e oportunidade. É desumano negar essa chance a pessoas que têm apenas a dignidade como objetivo – um direito que deveria ser garantido a todos os seres humanos.

E a pergunta que fica é: se estivéssemos na mesma situação, sem ter o que dar aos nossos filhos comerem, sem esperança de dias melhores, o que faríamos? Ficaríamos parados, aceitando passivamente o sofrimento, ou buscaríamos, com todas as forças, um lugar onde pudéssemos viver com segurança e respeito?

O endurecimento das políticas migratórias não resolve problemas; apenas os transfere para aqueles que menos podem suportá-los. Um mundo mais justo e humano deve ser capaz de acolher quem precisa, oferecendo a chance de um recomeço. Afinal, o que está em jogo não são fronteiras, mas vidas.

(*) Jennifer Manfrin é advogada, especialista em Direito Civil e professora nos cursos de pós-graduação em Direito do Centro Universitário Internacional Uninter

 

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Jennifer Manfrin é advogada, especialista em Direito Civil e professora nos cursos de pós-graduação em Direito do Centro Universitário Internacional Uninter
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