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Helicóptero da Polícia Civil atinge fios elétricos e causa explosões em meio a tiroteio na Baixada


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  • mell280

20/02/2025 16h20

Helicóptero da Polícia Civil atinge fios elétricos e causa explosões em meio a tiroteio na Baixada

Caroline Soares


Um helicóptero da Polícia Civil colidiu com fios de alta tensão ao tentar desviar de disparos durante uma operação em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, na manhã desta quinta-feira (20). O impacto gerou duas explosões, mas a tripulação conseguiu controlar a aeronave e pousar em segurança. O incidente reacendeu o debate sobre a necessidade de modernização da rede elétrica no Brasil.

 Na manhã desta quinta-feira (20), um helicóptero da Polícia Civil colidiu com fios de alta tensão em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, ao tentar se desviar de disparos. O impacto gerou duas explosões, mas os pilotos conseguiram manter o controle e realizar um pouso preventivo.

A aeronave, do Serviço Aeropolicial da Coordenadoria de Recursos Especiais (Saer/Core), dava apoio a buscas por suspeitos em uma área de mata quando foi alvo de tiros. Durante a manobra evasiva, a hélice tocou nos fios elétricos, provocando as explosões. Apesar do risco, a tripulação estabilizou o helicóptero e pousou em segurança para verificar danos.

Após a inspeção, foi constatado que a aeronave não sofreu danos graves e ninguém ficou ferido. A equipe seguiu com a operação normalmente. As autoridades investigam os responsáveis pelos disparos.

O incidente reacendeu o debate sobre a necessidade de modernização da rede elétrica. Diante desse cenário, o deputado Marcelo Crivella reapresentou um projeto de lei que obriga as concessionárias a substituírem as redes aéreas de distribuição de energia por fiações subterrâneas.

A proposta foi inicialmente protocolada em 2011, quando Crivella era senador, mas acabou arquivada. No ano passado, após o apagão que deixou milhões de pessoas sem luz, o parlamentar retomou a pauta no Congresso. Segundo levantamento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), cerca de 36 mil ocorrências envolvendo fiações elétricas foram registradas nos últimos anos, resultando em mais de 4 mil mortes. Atualmente, menos de 1% da fiação brasileira é subterrânea.

A nova proposta prevê a modernização das redes elétricas em cidades com mais de 300 mil habitantes, com prazo de quatro anos para implementação. “Se seguirmos o exemplo dos EUA e da Europa, deixaremos um legado para as futuras gerações”, defende Crivella. Além disso, o parlamentar destaca que a mudança é essencial para eventos internacionais, como a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30). Especialistas afirmam que redes subterrâneas reduzem falhas no fornecimento de energia, evitam acidentes e são mais seguras em casos de alagamentos.

Cenário: Brasil perde "força" no cenário internacional e está entre os países com mais apagões

Segundo pesquisa do Ipea, o Brasil tem uma média de apenas 0,4% de linhas de energia enterradas, contra cerca de 20% nos Estados Unidos.

Atualmente, menos de 1% da rede elétrica brasileira é subterrânea. São Paulo tem apenas 60 quilômetros de cabos aterrados, enquanto cidades como Rio de Janeiro e Belo Horizonte têm 11% e 2%, respectivamente.

Enquanto na Europa o tempo médio que uma residência fica sem luz é de 12,2 minutos por ano (mesmo com a crise energética causada pela guerra na Ucrânia), na maior cidade brasileira algumas famílias relatam ficar mais de quatro dias sem energia.

Exemplos internacionais:

  • Paris: A capital francesa começou a instalar sua rede elétrica subterrânea em 1910. Toda a fiação da cidade está no subsolo há mais de 60 anos, organizada em túneis subterrâneos.
  • Nova York: Já possui 71% de seu cabeamento enterrado, totalizando cerca de 150 mil quilômetros de fios subterrâneos e quase 60 mil quilômetros de cabos aéreos.
  • Buenos Aires: Desde a década de 1950, a cidade avança na substituição da fiação aérea pela subterrânea.

 

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