A alta no preço do cacau está afetando diretamente a produção de chocolates no Brasil, forçando fabricantes e comerciantes a buscarem alternativas para manter a competitividade no mercado. De acordo com a Associação de Chocolatiers de Gramado, o aumento do custo da matéria-prima pode tornar o produto até 40% mais caro neste período. O impacto é consequência da variação nos preços do cacau, especialmente nos dois principais produtores do país, Langana e Costa do Matinho, que registraram oscilações significativas entre 2013 e 2018.

 

 

 

 

Para evitar repassar todo o custo ao consumidor, algumas fábricas estão investindo em estratégias como redução da quantidade de chocolate nos produtos, diversificação dos sabores e ampliação do portfólio com itens mais acessíveis. Uma loja em Curitiba, por exemplo, apostou em ovos de Páscoa com menos chocolate e mais variedade de recheios, oferecendo cerca de 45 tipos diferentes de ovos recheados. Além dos tradicionais crocantes e milkshakes, a loja ampliou o catálogo com snacks saborizados e outros produtos alternativos.

 

 

 

 

Outra estratégia adotada pelo setor foi reduzir o tamanho dos ovos de chocolate tradicionais e investir em formatos menores e mais acessíveis, como barras de chocolate e versões compactas dos ovos de Páscoa. Além disso, comerciantes ampliaram o cardápio com itens sem cacau, como biscoitos amanteigados decorados e crocantes especiais, permitindo aos consumidores opções mais econômicas e mantendo as vendas aquecidas mesmo diante da alta nos preços do chocolate.