- mell280
11/03/2025 10h16
Campão Cultural será realizado no final de março e início de abril com diversas atrações gratuitas para a população
O Campão Cultural – III Festival de Arte, Diversidade e Cidadania, acontece de 27 a 30 de março e de 04 a 06 de abril com intensa programação em diversos locais e atrações artísticas espalhadas pela capital de Mato Grosso do Sul.
Esse festival é uma realização do Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Secretaria de Turismo, Esporte e Cultura (Setesc) e Fundação de Cultura de MS (FCMS), com apoio da Prefeitura de Campo Grande, Universidade Estadual e Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
O investimento do Governo do Estado é de aproximadamente seis milhões de reais, um milhão e meio através de emenda parlamentar do deputado federal Vander Loubet e quatro milhões e meio com chamamento público onde uma OSC é vencedora e faz as atividades juntamente com a Fundação de Cultura e a Secretaria de Turismo, Esporte e Cultura.
O Campão Cultural é um espaço para todos, onde a arte, a expressão, a coragem e o espírito coletivo ganham forma e sentido. É a celebração da criatividade que nasce, cresce e se reproduz nas ruas. E não morre. Ela se transforma em resistência, em inclusão e em liberdade.
A programação começa na quinta-feira, dia 27, com mural de graffiti com Dicesarlove (SP) em um prédio da região central de Campo Grande; com a exposição Urban Skechers no MIS, a exposição coletiva Elos na galeria Wega Nery do Centro Cultural José Octávio Guizzo e intervenção de grafite na Vila Almeida com Diego Zori (Verme). À tarde tem o Pantanal Film Festival no MIS e Vivências Artísticas com artistas visuais no Circuito Universidade UEMS.
Toda a programação vai trazer espetáculos de circo, de dança de teatro, shows musicais, tenda de comercialização de artes visuais, Circuito Comunidades em bairros da capital, performances de hip hop, Catedral Erudita, Batalha Ballroom Kiki Ball, batalha de Breaking, oficinas, Circuito Universidades, Vivências Artísticas com artistas visuais, campeonato de skate, exibição de filmes, concurso de Cosplay, de Just Dance, de K-Pop, Campeonato de Video Game e Quadrinhos, blocos de carnaval e desfile de marcas autorais de MS.
Entre as atrações nacionais estão: Banda Black Rio convida Thulla Melo; Isabel Fillardis convida Sandra de Sá; Dani Black; Mental Bastrato; Os Garotin; Marina Peralta convida Bia Ferreira.
Também será realizada a Feira da Música do Campão, no Centro Cultural José Octávio Guizzo com painéis, palestras e shows. Entre os participantes estão Oscar Mosqueira, Felipe Gonzalez, Hernan Halak, Eder Rubens da Silva, Fabi Fernandes, Willy Suchar, Afonso Rodrigues, Aly Ladislau, Armanda Souza, Sara Loiola, Lillian Soares, Marina Amano, Dani Pepper, Larissa Conforto, Molho Negro, Julia Aissa, Larissa Sossai, Alessandro Veludo, Thays Nogueira, Demetrius Hernandes, Dagata, Maringá Borgert, Ivan Torres, Bruna Campos, David Dines, Nicole Patrício, Ed Guerreiro, Dani Ribas, Michelly Mury, Dovalle, SoulRa, Octavio Cardozzo, Dinho Souza, entre outros.
Para o secretário de estado de Turismo, Esporte e Cultura, Marcelo Miranda, houve uma mudança de formato significativa em relação ao Campão, uma questão conceitual. “Nós estamos utilizando praticamente todo o recurso para valorizar os artistas de Mato Grosso do Sul. Diferente de edições anteriores, que foram um sucesso, mas hoje nós temos duas atrações nacionais e os demais são de Mato Grosso do Sul, atendendo a uma reivindicação da classe, do Conselho, discutido amplamente na Fundação de Cultura, a gente precisa criar oportunidades de circulação para os nossos artistas”.
O diretor-presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Eduardo Mendes, falou que a ideia foi fazer agora um festival mais de rua, mais urbano. “A nossa ideia foi que nós invadíssemos alguns espaços públicos e utilizássemos isso de forma mais presente nas comunidades, que nós fôssemos nos bairros, que a gente pudesse fortalecer a cultura de rua e as atividades culturais nesses lugares”.
Eduardo Mendes falou sobre as novidades da edição deste ano: “Nós estamos com algumas novidades que é o Circuito Universidades, que a gente ocupe os campi das universidades e levarmos artes para lá, seja arte de rua, dança, teatro, circo, apresentações culturais, shows musicais. Nós estamos trazendo o Catedral Erudita, uma forma de a gente democratizar a música clássica, isso aconteceu já no Festival de Inverno de Bonito, no Festival América do Sul e agora ele acontece no Campão Cultural da mesma forma, a gente utilizando os espaços das igrejas, evangélicas ou católicas, até aproveitando a sua acústica, um outro público, e levando para dentro do Campão a música erudita. A gente traz outra novidade que é o Pantanal Film Fest, um festival voltado para o audiovisual, que nós vamos ter aí mostras de cinema aqui no MIS, no Centro Cultural José Octavio Guizzo, e nós vamos ter discussões, conversas com relação ao audiovisual. Já fortalecendo também o que foi lançado no ano passado de forma mais efetiva que é a nossa Film Commission do estado, e isso vai ser partilhado agora com o audiovisual nesse Pantanal Film Fest”.
Outras atrações já tradicionais no Campão Cultural continuam. “A gente volta com a Feira da Música, que já é tradicional no Campão, uma feira importante onde a gente discute os destinos, a gente discute a questão da música e a gente também tem uma programação exibindo nossos grandes valores de Mato Grosso do Sul para pessoas do mercado que vêm para cá. Outro acontecimento é o Campão Geek, ele também aconteceu nas formas anteriores, a gente tem através da Diretoria de Patrimônio, com a Melly Sena, uma reestruturação com relação à questão Geek, agora veio a Economia Criativa da Setesc, fortalecendo isso, a gente tem o Campão Geek, que é uma expressão cultural muito forte, volta com uma força muito grande, para que a gente possa dar vez a essa arte. Nós teremos o desfile de moda na 14, e a 14 de Julho vai ser um grande hub de cultura, entendendo que a 14 está sendo um lugar de ocupação cultural, então nada melhor do que a gente mostrar as nossas vertentes culturais na 14”.
Carlos Heitor, diretor adjunto da Fundação de Cultura e diretor geral do Campão Cultural, disse que esse novo formato que a Fundação junto com a Setesc pensou do Campão Cultural exige montar uma logística um tanto quanto complexa, mas que também é um desafio novo para a equipe. “Nós teremos quatro parques, o Jacques da Luz, nas Moreninhas, o Ayrton Sena, no Aero Rancho, o Tarsila do Amaral no Centro de Múltiplas Atividades, e na Vila Almeida também no Centro de Múltiplas Atividades. Nós teremos o palco na Orla Morena com as batalhas, a Concha Acústica Helena Meirelles, a Praça do Rádio, o Centro Cultural José Octavio Guizzo, o Museu da Imagem e do Som e na rua 14 de Julho nós usaremos nos dias 4, 5 e 6 de abril”.
Valdir Gomes, secretário de Cultura de Campo Grande, afirmou que a cultura da capital, junto com o estado, está tendo um novo gás e respirando bastante. “Eu tenho certeza que o Campão Cultural não vai ser um desafio difícil não, a gente vai estar empenhado porque quando a gente faz querendo fazer, não tem porque não dar certo. É uma responsabilidade, é um trabalho grande, é um trabalho bonito que tem que ser feito, eu acho que a cultura de Campo Grande, juntamente agora com o estado, está respirando bastante e nós estamos lutando por isso”.
A programação completa está no site MS cultural no endereço: https://mscultural.ms.gov.br/festival/campao-cultural/
Fotos: Ricardo Gomes