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Energia solar compartilhada: tendência em condomínios e comunidades


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  • mell280

07/04/2025 13h33

Energia solar compartilhada: tendência em condomínios e comunidades



* Por Rodrigo Bourscheidt, CEO e fundador da Energy+

Privilegiado por sua geografia, o Brasil tem condições para ser uma das potências mundiais na geração de energia solar, que já é a segunda maior fonte do país, correspondendo a 13,1% da nossa matriz elétrica, ficando atrás apenas da hidrelétrica, sendo uma alternativa sustentável, renovável e economicamente viável para a geração de eletricidade. A energia solar residencial é responsável por 78,9% do montante, seguida por empresas de comércio e serviços (10,7%) e o rural (8,5%), segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). 

Um sistema inovador cada vez mais difundido no país é a energia solar compartilhada, que permite que diversos consumidores se unam para dividir os custos e benefícios da instalação de um sistema fotovoltaico, abrindo portas para aqueles que não possuem condições ou espaço para instalar painéis solares em seus próprios imóveis. 

Os condomínios residenciais, por exemplo, têm se beneficiado desse modelo de negócio. Eles chegam a reduzir em até 80%, em média, na conta de luz das áreas comuns, como piscinas, jardins, elevadores, portões automáticos, iluminação externa, câmeras de segurança, academias, espaço kids, salão de festas entre outros. Além disso o retorno sobre o investimento, que varia entre R$ 80 mil e R$ 100 mil dependendo do tamanho do condomínio e do seu consumo de energia, é muito rápido, em dois ou três anos.  A instalação dos painéis fotovoltaicos pode ser feita em sacadas, paredes ou telhados. Além disso, os condomínios que produzem mais energia do que consomem podem se beneficiar, ainda, de sistemas de compensação, vendendo o excedente para a rede e gerando créditos. 

Um levantamento do banco especializado em financiamentos para condomínios, o CondoConta, aponta que a energia solar tem atraído mais investimento nesses locais do que em outras áreas, incluindo a segurança. De acordo com a fintech, 22% do total das solicitações de crédito são feitas para a instalação de painéis e placas solares, frente a 12% para melhorias de segurança e 2% para a instalação de portarias remotas. 

O Brasil também já possui um case de sucesso de energia solar instalada em comunidade. O Morro da Babilônia, no Rio de Janeiro, tem painéis solares instalados desde 2015, abastecendo cerca de 50 casas e beneficiando aproximadamente  4 mil pessoas. Há planos de expansão para alcançar 100 famílias em 2025, com um investimento de R$ 1,5 milhão. O projeto é tocado pela  Revolusolar, uma organização local sem fins lucrativos que também fornece energia solar para outras oito comunidades em todo o Brasil, incluindo uma comunidade indígena na floresta amazônica, e espera um apoio governamental para levar energia sustentável para mais favelas. 

A energia solar não é apenas uma tendência, mas a solução para um mundo mais limpo, verde e sustentável, pronta para atender as demandas das mais diversas localidades. Quanto mais o uso da energia solar estiver presente em nosso dia a dia, melhor!

* Rodrigo Bourscheidt é formado em Administração e Negócios pela Faculdade Sul Brasil. Atuou em equipes comerciais e estratégicas de empresas como AmBev, Grupo Embratel (Embratel, Claro e Net) e Grupo L’oreal, antes de se dedicar ao empreendedorismo. Em 2019 fundou a Energy+, rede de tecnologia em energias renováveis que oferece soluções voltadas para a geração de energia distribuída, onde atua como CEO. 

 


 





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