Maracaju enfrenta, nesta segunda-feira (28), dois pontos de interdição provocados por manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A ação é uma resposta à recente desapropriação de cerca de 270 famílias que ocupavam áreas às margens da MS-379, em Dourados, ocorrida no último domingo (27).

 

 

 

Um dos bloqueios ocorre na BR-060, no km 414, na via de acesso ao distrito de Capão Seco. O congestionamento no local já ultrapassa 15 quilômetros, segundo informações da imprensa. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) está no local e negocia com os manifestantes para tentar liberar a via.

 

 

 

O outro ponto de interdição está na MS-164, entre Maracaju e Ponta Porã, nas proximidades da Fazenda Itamaraty, afetando o tráfego na importante rota que liga os dois municípios.

 

 

 

Paralelamente, em Campo Grande, outro grupo do MST ocupa a sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). Os manifestantes afirmam que não deixarão o local enquanto não forem atendidos por representantes do órgão.

 

 

 

Segundo o MST, os bloqueios e ocupações foram motivados pela forma como a desocupação foi realizada em Dourados. Em nota oficial, o movimento denunciou que a ação dos militares foi feita “sem mandado judicial e de forma truculenta”, com o uso de bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar as famílias que viviam no local.

 

 

 

As autoridades continuam mobilizadas para buscar uma solução pacífica para os bloqueios, enquanto a situação gera impacto no trânsito e na rotina da população da região.