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Apendicite: cirurgia é o tratamento mais eficaz


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  • mell280

24/05/2025 16h37

Apendicite: cirurgia é o tratamento mais eficaz

assessoria


 

 

A apendicite aguda, inflamação do apêndice cecal, é uma das emergências cirúrgicas mais frequentes no Brasil e no mundo. De acordo com dados do Ministério da Saúde, são realizadas aproximadamente 250 mil cirurgias de apendicectomia por ano no país, procedimento que consiste na remoção do apêndice inflamado. A condição afeta principalmente indivíduos entre 10 e 30 anos, mas pode ocorrer em qualquer faixa etária.
 
Segundo o cirurgião Adriano Barra Della Torres, do Hospital Mater Dei Santa Clara, a apendicite ocorre quando o apêndice é obstruído, geralmente por fezes endurecidas, aumento do tecido linfático ou, em casos raros, por tumores ou parasitas. "Essa obstrução leva a inflamação, inchaço e, se não tratada, pode evoluir para ruptura do apêndice", explica o médico. Os sintomas incluem dor abdominal intensa, inicialmente na região do umbigo e depois pode migrar para o lado inferior direito do abdome, além de náuseas, vômitos, febre e perda de apetite. "A dor da apendicite tende a piorar ao se movimentar, tossir ou apertar a região", complementa Della Torres.


O diagnóstico é clínico, baseado nos sintomas e no exame físico. Exames de sangue podem indicar infecção, e exames de imagem, como ultrassom e tomografia computadorizada, ajudam a confirmar o quadro e descartar outras causas de dor abdominal. "O tratamento padrão é a remoção cirúrgica do apêndice (apendicectomia), que pode ser feita por cirurgia aberta ou laparoscópica", afirma o cirurgião.

 
A cirurgia laparoscópica tem ganhado espaço nos últimos anos devido à recuperação mais rápida, menos dor pós-operatória e menor risco de infecção. "A cirurgia aberta é uma cirurgia de exceção e pode ser realizada, dependendo dos achados intraoperatórios. Ambas são eficazes, mas a escolha é realizada caso a caso", ressalta o médico. Complicações pós-cirúrgicas, como infecções e abscessos, são relativamente raras, mas podem ocorrer, especialmente em casos de apendicite perfurada, quando há ruptura do apêndice antes da cirurgia. "Quando o apêndice rompe, o tratamento se torna mais complexo. Além da cirurgia, o paciente precisa de antibióticos intravenosos e, em alguns casos, drenagem de abscessos. A recuperação também é mais longa, com maior risco de complicações", explica o cirurgião.

O tempo médio de recuperação varia conforme o tipo de cirurgia e a gravidade do caso. "Após a cirurgia laparoscópica, a recuperação leva cerca de 1 a 2 semanas. Na cirurgia aberta ou em casos mais graves, pode levar de 3 a 4 semanas. A maioria das pessoas pode retomar atividades leves após poucos dias", detalha Della Torres.

Apesar dos avanços na medicina, a apendicite continua sendo uma condição imprevisível. "A apendicite é uma condição esporádica e de causa multifatorial, o que significa que não há uma forma comprovada de prevenção. O risco individual de desenvolvê-la ao longo da vida gira em torno de 6%, e isso ocorre de maneira relativamente aleatória", afirma o médico. Embora uma alimentação rica em fibras possa ajudar na saúde intestinal, não há evidências sólidas de que isso reduza diretamente o risco de apendicite.

 No cenário atual, a apendicectomia continua sendo um procedimento seguro e eficaz, com altas taxas de sucesso e baixa mortalidade. Embora a medicina tenha avançado muito, a cirurgia permanece como a única solução definitiva para a apendicite aguda.

 

 
 
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