A safra brasileira de soja 2024/2025 foi consolidada com um volume recorde de 168,25 milhões de toneladas, de acordo com a atualização de junho da StoneX, empresa global de serviços financeiros que conta com uma equipe especializada no mercado de grãos.

Com a colheita já finalizada, os últimos ajustes foram marginais, com destaque para o pequeno recuo na produção do Piauí, onde foram registradas perdas resultantes do clima mais seco em fevereiro, decorrente do veranico – período mais quente do que a média.

“Apesar do recorde, o ciclo foi marcado por perdas climáticas que limitaram o potencial produtivo neste ciclo, com destaque para as perdas do Rio Grande do Sul. Em números, a produtividade gaúcha ficou 2,13 toneladas por hectare, enquanto a média nacional foi de 3,56 toneladas por hectares”, explica a especialista de Inteligência de Mercado na StoneX, Ana Luiza Lodi.

No balanço de oferta e demanda, não houve mudanças significativas além do leve corte na produção. As exportações, segundo Ana Luiza, devem alcançar 107 milhões de toneladas, com consumo interno projetado em 60 milhões. “Esses volumes devem resultar em estoques finais para a safra 2024/25 de 4,45 milhões de toneladas e uma relação estoque/uso de 2,66%”, salienta. 

Fase final de desenvolvimento e início da colheita da ‘safrinha’ trazem boas perspectivas para o milho 

Em relação à segunda safra de milho, a StoneX trouxe mais um aumento da estimativa de produção, que passou de 104,3 para 106,1 milhões de toneladas.

O maior rendimento esperado foi o que motivou a revisão da produção para cima, com aumentos no Centro-Oeste e no Paraná e São Paulo.

“Com o início da colheita, os resultados da safrinha vão se consolidar, mas o clima ainda continua no radar, com lavouras plantadas mais tarde passando por fases importantes”, pondera o analista de Inteligência de Mercado na StoneX, Raphael Bulascoschi.

Esse aumento da produção da segunda safra levou o total nacional do ciclo 24/25 para 134 milhões de toneladas (frente a 132,4 milhões no mês passado), considerando também a produção de pouco mais de 2 milhões de toneladas na terceira safra.

A primeira safra de milho sofreu um pequeno recuo de 0,9% em comparação ao mês passado, ficando em 25,7 milhões de toneladas.

Oferta e demanda

Com o aumento esperado na safrinha e a produção total ficando em 134 milhões de toneladas, a oferta de milho deve ser mais do que suficiente para fazer frente ao consumo interno e às exportações.

“Em relação ao consumo doméstico, houve uma revisão da estimativa, de 87 para 89 milhões de toneladas diante do avanço do segmento de etanol de milho, que continua bastante aquecido”, conclui Bulascoschi.

Sobre a StoneX  

A StoneX é uma empresa global e centenária de serviços financeiros customizados, com presença em mais de 70 escritórios pelo mundo, conectando mais de 300 mil clientes em 180 países. No Brasil, é especialista em desenvolver estratégias de gestão de riscos para proteger o lucro independente da volatilidade do mercado. Também atua em banco de câmbio, inteligência de mercado, corretagem, mercado de capitais de dívida, fusões e aquisições, investimentos, trading e ESG – consultoria de soluções sustentáveis.