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- mell280
16/06/2025 12h28
Brasileiros começam a ser retirados para Jordânia, mas sem a delegação de MS
Cassia Modena
O Governo de Mato Grosso do Sul publicou nota na manhã desta segunda-feira (16) atualizando a situação dos três servidores que estão em Tel Aviv, cidade de Israel: o secretário-executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação, Ricardo Senna; a secretária-adjunta de Saúde, Christinne Maymone; e o coordenador de Tecnologia da Informação da Secretaria de Saúde, Marcos Espíndola.
Segundo o comunicado, eles seguirão hospedados no hotel onde estão. A estrutura possui bunker e alarmes que disparam diante de ataques próximos. A prioridade é que o deslocamento só ocorra se for em segurança.
"Os servidores do governo de Mato Grosso do Sul que estão em Israel, na comitiva do Consórcio Brasil Central, seguem em segurança, em um Hotel em Tel Aviv. Representantes da embaixada brasileira e da israelense seguem em tratativas para garantir o retorno da comitiva ao Brasil. Atualmente, estuda-se a liberação do espaço aéreo israelense ou saída por terra em direção à Jordânia (de onde grupo pegaria voo em direção ao Brasil). A decisão depende de vários fatores, o principal, a total segurança da delegação. Expectativa que, em breve, haja uma solução e retorno de todos", diz a nota, na íntegra.
Imagens do bombardeio israelense ocorrido de madrugada em Teerã, capital do Irã (Foto: Reprodução/Redes sociais)
Além dos três representantes de Mato Grosso do Sul, outros 45 brasileiros estão reclusos naquele país. Entre eles estão o governador de Rondônia, Marcos Rocha (União Brasil), prefeitos, vice-prefeitos e secretários estaduais.
Os brasileiros viajaram apesar da tensão gerada por guerra envolvendo disputas territoriais na Faixa de Gaza. Na madrugada de sexta-feira (13), Irã respondeu aos ataques israelenses e a acusações sobre enriquecimento de urânio com disparo de mísseis. Tel Aviv é uma das cidades que vêm sendo atingidas desde então.
11 pessoas - Segundo a assessoria de imprensa do senador mineiro Carlos Viana (Podemos), presidente do Grupo Brasil-Israel no Congresso, 11 brasileiros estão em deslocamento de Tel Aviv a Jordânia neste momento. Eles são escoltados por forças israelenses. Horários e rotas são mantidos em sigilo para garantir a segurança no trânsito.
A lista de nomes não foi divulgada, mas o Consórcio Brasil Central, que financiou a ida da comitiva sul-mato-grossense e de outros estados até Israel, afirmou que nenhum membro da cooperação faz parte desse primeiro grupo.
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Presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, o parlamentar de Mato Grosso do Sul, Nelson Trad (PSD), reforçou que a saída terrestre pelos países vizinhos não é recomendada por questão de segurança e que a orientação é aguardar em local seguro. Ele afirmou estar em contato com o Ministério das Relações Exteriores e com FAB (Força Aérea Brasileira) para garantir que o retorno ocorra segundo os protocolos dos órgãos.
Entenda - Ricardo Senna, Christinne Maymone e Marcos Espíndola saíram de Mato Grosso do Sul e chegaram a Israel em 7 deste mês para participar de missão oficial a convite do Consórcio Brasil Central e da Embaixada de Israel no Brasil. A programação encerraria em 14 de junho, último sábado.
Participaram da missão também representantes do Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Rondônia e Tocantins.
A viagem teve o objetivo de "prospectar soluções inovadoras e tecnologias de ponta para impulsionar o desenvolvimento integrado e sustentável dos entes consorciados com foco em setores estratégicos como agropecuária, inovação, saúde, desenvolvimento social e segurança pública", segundo o Consórcio Brasil Central.
Ricardo Senna publicou vídeos em suas redes sociais assegurando que o trio encontra-se bem e seguro. A reportagem tentou contato com eles nesta manhã, mas ainda não teve sucesso.