- mell280
17/09/2025 06h50
Pix segue crescendo e ganha novas funções: por que o sistema está cada vez mais presente no cotidiano
Ao ampliar a inclusão financeira, oferecer agilidade e ganhar novas funcionalidades, o Pix mostra-se cada vez mais central na vida econômica nacional
O sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central, sem dúvidas, já integra o cotidiano de milhões de brasileiros. É claro que estamos falando do Pix. Desde a data do seu lançamento, no dia 16 de novembro de 2020, esse novo método de transação não parou de crescer, seja em desenvolvimento tecnológico ou em termos de uso individual.
Isso porque, além de facilitar demais transferências e pagamentos, por conta de suas funcionalidades, tornou-se também uma ferramenta central para empresas e consumidores de todos os setores do mercado.
Não é à toa que, em 2024, por exemplo, o sistema registrou mais de 63,8 bilhões de transações. Esse movimento representa um aumento de 52% em relação ao ano de 2023, evidenciando a eficiência da ferramenta no que diz respeito à circulação de dinheiro no território nacional.
É importante enfatizar que esses dados foram levantados pela Febraban, a partir dos dados divulgados pelo Banco Central e pela Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito e Serviços (Abecs).
Sistema de pagamento instantâneo conquistou os brasileiros?
Os números recentes deixam claro que o avanço do Pix é uma realidade material. Em junho de 2025, por exemplo, conforme números divulgados pela Agência Brasil, o sistema atingiu recorde no momento em que registrou 280 milhões de transações em um único dia.
Essas transações foram realizadas com mais de 175 milhões de usuários ativos. Outro dado interessante é relativo à pesquisa Pagamentos em Transformação: do Dinheiro ao Código, realizada pelo Google.
Conforme o estudo, atualmente, da totalidade da população brasileira, 76,4% já fazem uso do Pix, superando os cartões de crédito e débito. O uso do dinheiro foi ainda mais afetado, caindo para 6% em 2024.
É importante observar nesses casos que os dados, embora abordem perspectivas ora semelhantes, ora com certo grau de distância, mas ainda sobre o mesmo objeto, indicam um horizonte claro: a tendência crescente de digitalização dos pagamentos.
Novas funcionalidades impulsionam o uso do Pix e o impacto no consumo e no comércio
Embora por si só, em essência, seja um grande facilitador, a popularização do Pix também está ligada aos avanços que a tecnologia obteve desde o seu lançamento. Em junho de 2025, entrou em vigor o Pix Automático, voltado a pagamentos recorrentes, como contas de luz, água, serviços de streaming e assinaturas mensais.
Essa função poupa tempo em filas de bancos e lotéricas, tornando a vida do consumidor muito mais prática. Além disso, em setembro deste ano, está programada a liberação do acesso ao Pix Parcelado, que permitirá compras parceladas com pagamento à vista para o recebedor, colocando o sistema em concorrência direta com os cartões de crédito.
Com esse crescimento, seria praticamente inevitável que o Pix não impactasse o consumo. Durante a Black Friday de 2024, o sistema movimentou R$ 130 bilhões em um único dia, mais que o dobro do volume registrado no ano anterior, conforme reportagem divulgada pela Reuters.
Sem dúvidas, o desempenho evidencia a força do Pix não apenas para consumidores comuns, mas também para o comércio eletrônico e o varejo físico. O cenário transparece que empresas de todos os portes têm se beneficiado da agilidade e da segurança oferecidas pelo sistema de pagamento instantâneo.
Qual será o futuro do Pix?
Não é preciso ser um vidente ou algo do tipo para constatar que o Pix já possui raízes profundas no cotidiano dos brasileiros. Hoje, o Pix já está avançado para alguns países da América Latina, como a Argentina, por exemplo.
O Pix, portanto, não é apenas uma ferramenta de conveniência. Hoje, é, sobretudo, um agente de transformação, consolidando-se como referência em pagamentos digitais e como um elemento estratégico. À medida que novas funções são incorporadas, o Pix tende a se consolidar ainda mais como peça fundamental na economia nacional.
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