10/10/2025 05h46
Citricultura em alta: Minas Gerais potencializa produção de laranja, tangerina e limão com salto expressivo
Nova safra sinaliza recuperação e força o protagonismo mineiro no cenário nacional de cítricos
Minas Gerais vem mostrando que a citricultura estadual vai além do greening: o salto na produção reflete o amadurecimento competitivo dos pólos citrícolas mineiros. A laranja segue como a protagonista desse avanço, concentrando a maior fatia da colheita estadual, mas tangerina e limão também ganham espaço, compondo um ecossistema de frutas cítricas cada vez mais diversificado e valorizado.
No acumulado de janeiro a agosto de 2025, Minas registrou 1,48 milhão de toneladas de frutas cítricas, um aumento de 17,2% frente ao mesmo período em 2024. Desse total, a laranja responde por 90,3%, com crescimento de 21% ano a ano, o que reforça seu papel de base sólida da cadeia citrícola estadual. Paralelamente, o limão avança com 100,7 mil toneladas, alta de 9%, e a tangerina, embora menos destacada nos dados oficiais, se beneficia do dinamismo regional e de demandas locais fortes.
Esse desempenho é ambientado por um mercado nacional com perspectivas otimistas. A safra 2025/26 do cinturão citrícola de São Paulo e Minas Gerais estima alcançar 314,6 milhões de caixas de laranja (de 40,8 kg), avanço de 36,2% sobre a temporada anterior.  Esse crescimento projetado é atribuído ao número maior de frutos por árvore, clima favorável e ampliação do parque produtivo. No panorama nacional, a produção de laranja para 2025/26 pode atingir cerca de 13 milhões de toneladas, de acordo com estimativas do USDA.
Outro ponto que ganha relevância nesse momento é a fertilização dos pomares, essencial para manter a produtividade e a qualidade da fruta em um cenário de margens apertadas. Técnicas de adubação equilibrada, uso de fertilizantes de liberação controlada e manejo mais eficiente dos nutrientes têm sido aliados importantes para reduzir custos no médio prazo e assegurar maior competitividade, mesmo diante das incertezas do mercado.
Para Leonardo Sodré, CEO da GIROAgro, empresa também mineira e 100% nacional, o uso de fertilizantes líquidos de alta concentração é uma das chaves para garantir a competitividade da citricultura brasileira. “O manejo adequado por meio da utilização de fertilizantes líquidos é o ponto de partida para obter produtividade, qualidade e rentabilidade. Quando aplicados de forma eficiente, os fertilizantes melhoram o desempenho das plantas e ajudam a controlar problemas fitossanitários, garantindo frutos de excelência e fortalecendo a imagem do Brasil como líder mundial na produção de cítricos”, afirma o executivo.
No segmento limão, especialmente a variedade Tahiti / ácido-lima, as exportações mostram sinais vigorosos: em janeiro de 2025, o Brasil exportou 17,15 mil toneladas, aumento de 18,1% em comparação ao mesmo mês de 2024, gerando US$ 14,83 milhões.  Esse ritmo sugere que o limão nacional ganha protagonismo comercial, com potencial para integração à cadeia global de cítricos.
Embora tangerina não apareça com peso expressivo nos levantamentos mais recentes de Minas, a diversificação das operações citrícolas, adotando cultivares adaptadas, manejo intensivo e mercados locais, cria oportunidades para sua inserção competitiva. O fortalecimento da infraestrutura logística e incentivo à agregação de valor serão decisivos para esse crescimento.
Estamos comprometidos em levar tecnologia e inovação para o campo, oferecendo soluções que impulsionam o trabalho do produtor rural e fortalecem a economia rural. Acreditamos que o investimento em pesquisa e desenvolvimento, aliado à paixão e ao conhecimento do produtor, é o caminho para uma citricultura cada vez mais sustentável e produtiva”, conclui Leonardo Sodré.

