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Palmeiras protagoniza noite mágica com virada épica sobre a LDU e vai à Final da Libertadores


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31/10/2025 07h15

Palmeiras protagoniza noite mágica com virada épica sobre a LDU e vai à Final da Libertadores

História de Ricardo Magatti


 Abel Ferreira não brincou quando disse que seria mágica a noite no Allianz Parque. Acostumado a descolar viradas improváveis, o Palmeiras conseguiu mais uma memorável reviravolta, certamente uma das maiores de sua história. Depois de levar 3 a 0 da LDU há uma semana no Equador, fez 4 a 0 nos equatorianos e vai disputar a final da Libertadores pela sétima vez.

Predestinado como tantas vezes foi no passado, mas como não tinha sido neste ano até esta noite, Raphael Veiga saiu do banco para definir a classificação. Foram deles os dois últimos gols em uma noite perfeita, que começou com gols de Sosa e Bruno Fuchs e teve participação fundamental de Allan. Cria da base, o jovem meio-campista jogou de ala e jogou mais que todos. Acertou tudo e sofreu o pênalti que Veiga cobrou para decretar a goleada alviverde.

Na decisão, o Palmeiras vai reeditar, quatro anos depois, a final contra o Flamengo. Em Montevidéu, o time alviverde derrotou os cariocas e conquistou seu terceiro e último título da Libertadores. Agora buscará o tetra no dia 29 de novembro em Lima. A Conmebol manteve o duelo na capital peruano apesar de o país andino passar por uma profunda crise política e social.

Palmeirenses comemoram gol contra a LDU pela semifinal da Libertadores Foto: Miguel Schincariol/AFP

O nervosismo não atrapalhou o Palmeiras, que, se não fez um primeiro tempo irretocável, foi muito competente em sua estratégia. Empurrou os equatorianos para trás e pressionou como pôde, desde o início pelas pontas e pelo meio, por baixo e, principalmente, por cima.

Allan, como um ponta pela direita, e Sosa, as duas novidades na escalação, mostraram a Abel que o português estava certo em escalá-los. Especialmente Allan fez um jogo sem retoques. Levou vantagem em cima de todos os marcadores pela direita e foi dele o passe para o atacante paraguaio renovar a esperança alviverde.

Aos 19, Sosa resvalou de cabeça e abriu o placar. O gol empolgou inflamou a torcida e fez os anfitriões manterem a pressão, ainda que cometendo erros importantes no ataque. Vitor Roque, por exemplo, chutou em cima do zagueiro oportunidade que não costuma errar. Mas a insistir valeu a pena. Bruno Fuchs, no acréscimo, estava no lugar certo para chutar no canto de Domínguez e fazer o segundo.

Raphael Veiga foi decisivo em virada épica do Palmeiras com dois gols Foto: Taba Benedicto/Estadão

A bola não rolou tanto como quis o Palmeiras muito também por interferência do colombiano Wilmar Roldán, árbitro conhecido por “picotar” o jogo e pela lentidão em suas marcações. Postura que, claro, agradou a LDU, que, com o relógio a seu favor, fez o quanto pôde de cera.

Restava um gol para igualar o placar no agregado. E foi atrás desse gol por mais 45 minutos o Palmeiras na etapa final da mesma forma que fizera nos 45 minutos iniciais. A pressão foi mantida. Atrapalharam algumas falhas na hora de definir os lances, talvez pela impaciência, mas foi de novo bastante superior o time alviverde. Nenhum contra-ataque acertou a LDU, que precisou do experiente Domínguez para não levar mais gols. Foram duas determinantes defesas do goleiro em cabeceio de Flaco López e falta cobrada por Raphael Veiga.

Quis o destinado que fosse de Veiga o terceiro gol. Criticado pela partida ruim no Equador, o meio-campista, ídolo de parte importante da torcida, voltou a ser decisivo como não vinha sendo. Estava no lugar certo, dentro da área, quando Vitor Roque o encontrou entre os zagueiros. O meia não teve trabalho para pôr tirar de Domínguez com o pé esquerdo.

Iluminado, Veiga também fez o quarto da marca da cal. Cobrou com segurança no meio do gol pênalti que sofreu Allan, o melhor em campo. O jovem foi meia, atacante, ala e não sossegou até encontrar espaço onde parecia não haver, passar por três marcadores e ser derrubado por Gruezo na área. Noite mágica no Allianz Parque.

Sosa vibra com seu gol, que abriu caminho para goleada histórica Foto: Nelson Almeida/AFP

PALMEIRAS 4 X 0 LDU

  • PALMEIRAS: Carlos Miguel; Bruno Fuchs (Khellven), Gómez e Murilo; Allan (Giay), Andreas Pereira, Mauricio (Felipe Anderson) e Piquerez; Sosa (Raphael Veiga), Flaco López e Vitor Roque (Aníbal Moreno). Técnico: Abel Ferreira.
  • LDU: Domínguez; Richard Mina (Freddy Mina), Ricardo Adé e Quiñónez; Quintero, Villamíl, Gruezo, Cornejo e Cuero; Medina (Estrada) e Alzugaray (Pastrán). Técnico: Tiago Nunes.
  • GOLS: Sosa, aos 19, e Bruno Fuchs, aos 49 do primeiro tempo.
  • ÁRBITRO: Wilmar Roldán (Colômbia). Raphael Veiga, aos 22, e aos 36 do segundo tempo.
  • CARTÕES AMARELOS: Quintero, Mina, Vitor Roque, Villamíl, Veiga, Gruezo.
  • PÚBLICO: 39.941 torcedores.
  • RENDA: R$ 3.822.949,60.
  • LOCAL: Allianz Parque.




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