PUBLICIDADE
- mell280
12/11/2025 06h56
Estiagem acelera pavimentação da Rota Bioceânica no Chaco paraguaio
Trecho de 224 km entre Mariscal Estigarribia e Pozo Hondo recebe base estruturada
Por Gustavo Bonotto
Obras de pavimentação avançaram nesta semana no trecho de 224 quilômetros da rodovia PY-15, conhecida como “Picada 500”, entre Mariscal Estigarribia e Pozo Hondo, no Departamento de Boquerón, Paraguai. Imagens feitas pelo cinegrafista Toninho Ruiz nesta terça-feira (11) mostram todo o trabalho feito pelo consórcio responsável pelas obras.
Governo licita projeto para futura pavimentação de 101 km na rodovia MS-340
Cerca de 680 trabalhadores, entre locais e migrantes, atuam em regime de turnos contínuos para movimentar pedra britada, operar usinas de mistura de agregados e aplicar o chamado “colchão de pedras”. O modo de operação foi ajustado para aproveitar a estiagem no Chaco paraguaio, condição que favorece a execução da terraplanagem e da implantação da base cimentada.

"Colchão de pedras" começa a tomar forma no lado paraguaio da Bioceânica. (Foto: Toninho Ruiz)
O governo paraguaio, por meio do MOPC (Ministério de Obras Públicas e Comunicações), autorizou a aplicação da base granular de 30 centímetros sobre quatro lotes tocados por consórcios contratados, como parte do investimento de US$ 354 milhões.
A ação integra o corredor da Rota Bioceânica, que visa conectar o Atlântico ao Pacífico para reduzir custos logísticos entre Brasil, Paraguai, Argentina e Chile.

Cerca de 680 operários trabalham nesta etapa da obra, informa o MOPC. (Foto: Toninho Ruiz)
Além da base estrutural, as frentes de trabalho incluirão a pavimentação asfáltica, a construção de acessos, reforço de travessias urbanas e a instalação de sistemas de sinalização. A conclusão do trecho Picada 500 é vista como passo para consolidar a Rota Bioceânica, abrindo caminho para o escoamento de cargas brasileiras até os portos chilenos de Mejillones, Antofagasta e Iquique.
Conforme o Governo de Mato Grosso do Sul, a expectativa é que a logística de exportação reduza em até 40% o custo frente à rota tradicional via Canal do Panamá.
Passarela começa a ser montada no lado brasileiro da rota. (Foto Toninho Ruiz)



