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“Foi uma fatalidade”, afirma irmão sobre morte de motociclista na BR-262


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14/12/2025 09h19

“Foi uma fatalidade”, afirma irmão sobre morte de motociclista na BR-262

Família explica que vítima morreu após colisão com capivara e contesta hipótese de atropelamento

Por Gabi Cenciarelli |


 A família da motociclista Tatiane Gonçalves Medeiros, de 33 anos, tenta atravessar o luto enquanto busca esclarecer os detalhes da tragédia registrada na noite de quinta-feira (11), na BR-262, saída para São Paulo, em Campo Grande. Em conversa com o Campo Grande News neste domingo (14), o irmão da vítima, Alex Gonçalves Medeiros, afirmou que nunca houve violência entre o casal e que o marido não atropelou Tatiane.

 
 
Conforme o registro policial, após a colisão da motocicleta com uma capivara que invadiu a pista, Tatiane caiu na rodovia e o caminhão conduzido por Maicon Aguiar Vilares, de 40 anos, que seguia logo atrás, não conseguiu frear a tempo e acabou passando por cima dela. A família, no entanto, contesta essa versão e sustenta que a morte ocorreu no momento da queda, ainda antes da chegada do caminhão.
 
Motociclista morta após bater em capivara foi atropelada pelo marido
“Foi uma fatalidade, uma tragédia em dobro para a nossa família. Um monte de jornal noticiou como se ele tivesse atropelado de propósito, mas isso não existiu. Não houve violência”, disse Alex.
 
 
Segundo o irmão, as condições encontradas no local reforçam o entendimento da família. “O caminhão tem cerca de 24 toneladas. Se ele tivesse passado por cima dela, como quedaria pra gente ter feito enterro? Ela não estava desfigurada. A pancada com a capivara foi muito forte, ela caiu na rodovia e morreu ali”, afirmou.
 
Tatiane seguia de motocicleta quando atingiu o animal, que morreu no local. Com o impacto, ela foi lançada ao asfalto. Maicon vinha logo atrás, transportando carga, e não conseguiu evitar o acidente. “Quando ele chegou até ela, ela já estava sem vida. Se tivesse chegado antes, talvez tivesse dado tempo de socorrer”, contou Alex.
 
O irmão relata que Maicon entrou em completo estado de choque após o ocorrido. “Eles estavam juntos há 18 anos. Ele parou o caminhão mais à frente, voltou correndo, pegou ela nos braços. Ficou ali, esperando a polícia. Faz muitos anos que ele não bebe, não coloca uma gota de álcool na boca”, disse.
“Foi uma fatalidade”, afirma irmão sobre morte de motociclista na BR-262
 
Tatiane aparece ao lado de familiares, com quem mantinha uma relação muito próxima. (Foto: Arquivo Pessoal)
O teste do bafômetro feito no local deu negativo, e o Corpo de Bombeiros atendeu Maicon por estar em estado de choque. Solicitaram perícia no caminhão, e registraram o caso como homicídio culposo na direção de veículo automotor.
 
Para a família, além da dor da perda, pesa o sofrimento causado pela forma como o caso foi inicialmente divulgado. “O telefone não para. Ele já está completamente abalado, e ainda precisa lidar com julgamentos. Foi uma fatalidade. Se ele não estivesse ali, talvez a situação fosse ainda pior”, afirmou Alex.
 
Tatiane morava com o marido no Indubrasil e era descrita pelos familiares como o elo que mantinha todos unidos. “Ela era a pessoa que juntava todo mundo. O Ano Novo já estava marcado na casa dela. Eles estavam pensando em ter filhos, tinham viagem marcada para janeiro para ver a família,” contou.
“Foi uma fatalidade”, afirma irmão sobre morte de motociclista na BR-262
 
Corpo da motociclista no local onde foi atropelada (Foto: Direto das Ruas)
Ligada à igreja, onde se batizou, Tatiane costumava abrir a própria casa para encontros religiosos. “A igreja que ela frequentava se chama Nos Braços do Pai. É onde ela está agora. Parece que Deus já tinha avisado,” disse o irmão.
 
O sepultamento ocorreu em Dourados, onde parte da família reside. “Ela ajudava meu pai na fazenda, mexia com o gado, cuidava dos bichos, dos sobrinhos, de todo mundo. Ela era o braço direito do meu pai e tudo para o marido. Eu perdi minha parceira de vida,” finalizou Alex.
 
 




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