Na manhã do último sábado (13) a Fundação de Cultura realizou uma reunião no Museu da Imagem e do Som com a classe do audiovisual do estado para apresentar o projeto Rota Cine, as novas adequações que serão feitas no MIS e as ações da Film Commission. O ano de 2025 consolidou a Pantanal Film Commission como uma das principais articuladoras do audiovisual no Estado, ampliando políticas de fomento, fortalecendo redes de difusão e impulsionando ações que conectaram produção, formação e circulação das produções.

A coordenadora da Film Commission, Ana Ostapenco, afirmou que o encontro foi muito positivo: “Nós tivemos toda a classe reunida para ouvir, o setor público, hoje a Film Commission, esteve para ouvir a classe, apresentar as nossas ações, apresentar o nosso consultor para implementação e regulamentação, uma vez que a Film Commission já existe há dez anos, há um ano e meio eu assumi, e nós vivemos trazendo todos esses projetos editais para que haja um investimento, acho que haja um novo olhar para o audiovisual de Mato Grosso do Sul. Acredito que a partir desse encontro de hoje, para 2026, a gente só tem a crescer, com uma regulamentação, com apoio às produções audiovisuais, tanto que vem de fora, quanto daqui do estado, então a Film Commission encontra um novo marco hoje, um marco de crescimento e desenvolvimento do audiovisual de Mato Grosso do Sul”.

O diretor-presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Eduardo Mendes, lembrou que a Film Commission vem sendo trabalhada desde 2023. “Ela tem um decreto de 2014, mas desde que eu assumi a Fundação de Cultura, a gente vem trabalhando. E o Rota Cine, na verdade, vem agora para dar toda uma roupagem, uma cadeia, que tem a Film Commission dentro, que é a estruturação do MIS, que é a estruturação dos equipamentos do audiovisual na Fundação de Cultura e essa união, essa prospecção de trazer a classe do audiovisual para dentro do projeto da Film Commission. A vinda do Daniel Celli acho que é um marco para nós, uma pessoa que tem experiência de Film Commission na SP Cine, pode ser uma ponte entre outros produtores de fora de Mato Grosso do Sul, mas principalmente da gente ouvir a nossa classe, a nossa gente e tentar fazer em comum, em acordo com a nossa sociedade, uma legislação de Film Commission mais próxima da realidade de Mato Grosso do Sul”.

O consultor da Film Comission, Daniel Celli, afirmou que veio para entender e estimular o audiovisual de Mato Grosso do Sul. “A gente fala de política pública, entender como a gente pode trabalhar política pública, as políticas públicas, para potencializar aqui a indústria audiovisual de Sul Mato Grosso do Sul. E a consultoria é técnica, é dialogar com o setor, dialogar com a gestão pública, é sobre a Film Commission, que já tem exemplos no país e no mundo já há muitos anos, que é trazer essa expertise para cá e moldá-la de acordo com as realidades locais, de acordo com a realidade local, e potencializar o audiovisual”.

A diretora de Memória e Patrimônio Cultural da FCMS, Melly Sena, falou sobre as reestruturações para o Museu da Imagem e do Som em 2026. “O museu, o nosso museu que guarda toda essa memória do nosso audiovisual Mato Grosso do Sul, ele começa em 2026 com duas grandes novidades. Uma é a própria organização da sala de exposição temporária, que a gente vai estruturar com três grandes exposições em preparação aos 50 anos de criação do nosso estado, falando sobre a memória do audiovisual, do cinema e da música Mato Grosso do Sul. E também as salas-laboratórios para falar para que a população, os produtores da área de audiovisual possam se utilizar para poder fazer essas gravações, mixagens, edições, como esse grande núcleo de produção digital. Acho que é um grande ganho que nós vamos ter para o nosso Museu da Imagem e do Som, para a nossa sociedade sul-mato-grossense”.

Presente na reunião, o cineasta Filipi Silveira disse achar muito importante a reunião porque é um direcionamento, antes mais nada, para algo muito importante que se chama futuro. “Então, esses momentos que a gente se une para conversar é muito importante para a gente começar e semear um futuro, trazendo uma forma mais organizada, mais profissionalizante, no caso profissional, para poder intensificar e potencializar o audiovisual sul-mato-grossense”.

O cineasta Fábio Flecha veio prestigiar a reunião no MIS e para ele a conversa foi promissora “porque o setor audiovisual, mesmo que ele cresça, ele precisa ter regulamentação e órgãos de apoio”. “A Film Commission é o principal órgão de apoio para a produção audiovisual no mundo, então isso é muito positivo. Começar essa discussão de como melhorar, como fazer com que os caminhos de produção, tanto interna quanto externa, tenham um caminho a seguir. Acho que isso é muito positivo”.

Fotos: Daniel Reino